São Paulo – Depois de 17 anos do lançamento de Batman e Robin, George Clooney pediu desculpas ao público pelo filme, massacrado pelos críticos e pelo público. A declaração foi dada em sua aparição surpresa na Comic Con, em Nova York, na última quinta-feira, para falar de seu mais recente trabalho em Tomorrowland, que estreia nos cinemas em 2015.

Segundo o site Business Insider, o episódio inusitado começou quando o anfitrião do painel de discussão e ator Chris Hardwick elogiou o galã por seu excelente disfarce de Bruce Wayne. Depois do comentário, Clooney brincou que, depois de sua performance, nunca mais havia sido convidado para participar da Comic Con.

Hardwick entrou no jogo e retrucou que ninguém falou (em voz alta) que isso aconteceu. Foi nesse momento que o Clooney lançou seu pedido de desculpas. Oh, mas vocês estão falando isso. Em vejo as seções de comentários em todos vocês. Eu encontrei Adam West (ator) ali atrás agora mesmo e, em minha cabeça, eu estava assim ‘hey, eu sinto muito’. Ele disse ‘me dê um toquinho de punho’, e eu pensava ‘apenas me bata, apenas me bata’, afirmou.

Ele ainda pediu desculpas pela armadura que usou no filme, com mamilos visíveis, e ainda pelos trocadilhos excessivos do personagem Mr. Freeze, interpretado por Arnold Schwarzenegger.

Esta não foi a primeira vez que reconheceu o erro de fazer parte do elenco do longa-metragem, dirigido por Joel Schumacher. Em entrevista ao site Deadline, em 2013, o artista afirmou que se arrependia de ter encarnado o super-herói.

Clooney contou que mantém uma foto de si mesmo vestido de Batman em uma parede de seu escritório para se lembrar do que acontece quando se faz filmes apenas por razões comerciais. Esse sentimento não parece exagero. No Rotten Tomatoes, o filme Batman e Robin tem 11% de aprovação da crítica.

Em um dos textos submetidos ao site de cinema, o crítico Joe Morgenstern, do Wall Street Journal, afirmou, por exemplo que, de todos os Batmans modernos, George Clooney tem o semblante físico mais próximo do herói dos quadrinhos, mas não há muito que se falar sobre sua performance porque não já muita performance para discutir. Dave Kehr, do New York Daily News, foi um pouco mais direto: Há muito o que ver, mas nada a sentir.

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