São Paulo – Em outubro, Eric Clapton volta a se apresentar no Brasil. Mas ele não vem sozinho. Como um presente dado por quem sabe que está em falta ao se ausentar por tanto tempo, Clapton traz consigo um diamante da música em plena lapidação: o músico americano Gary Clark Jr., considerado por alguns críticos como a "esperança do blues".

Além de músico, Clark Jr. é também ator e participou do filme Honeydripper - Do Blues ao Rock. No longa, interpreta um jovem ex-presidiário que foi convidado de última hora para tocar em um bar de blues.

A boa atuação nas telas não se compara a ótima atuação nos palcos. O músico texano tocou em 2010 no festival Crossroads Guitar ao lado de figuras como BB King, Steve Winwood, John Mayer, Jeff Beck e do próprio Eric Clapton.

Por ser uma novidade, críticos apressaram-se a compará-lo a outros músicos com estilo parecido. Acho o Gary bom no que faz, uma promessa da nova geração e um legítimo herdeiro de Hendrix e Stevie Ray Vaughan, comenta Fábio Leão, professor de música.

O som que faz é uma mistura de soul, rock e blues. Tem três discos lançados: o primeiro, em 2008, e o último, recém-lançado. As performances ao vivo têm sido bastante elogiadas. Não é a toa que Clapton aposta no jovem para abrir os shows de sua turnê no Brasil.

Aliás, apostas em Clark não faltam. Quando começou a tocar guitarra, aos 12 anos, ele não tinha ideia que seu caminho cruzaria com Clifford Antone, produtor musical de grande influência no blues dos Estados Unidos. Foi Antone que o ajudou a entrar na cena rock’n’roll do Texas.

Para os shows que fará no Brasil, espera-se canções de seu último álbum, Bright Lights. Isso tudo em mais ou menos uma hora de apresentação.

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