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Galeria paga US$ 29 mil por destruir batata frita artística

A galeria alemã foi condenada na justiça a pagar a indenização por ter destruído duas batatas fritas feitas por um artista local

Uma colecionadora disse que pagaria até US$ 3,3 mil pelas batatas fritas (Scott Olson/Getty Images)

Uma colecionadora disse que pagaria até US$ 3,3 mil pelas batatas fritas (Scott Olson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 12h28.

Berlim - Uma galeria de Munique, no sul da Alemanha, foi condenada a pagar indenização de US$ 29 mil pela destruição de duas batatas fritas que serviram em 1990 como modelo para um objeto de ouro em formato de cruz com o título de 'Pommes d'Or'.

A sentença, a qual não cabe recurso, decretada nesta quinta-feira pelo Tribunal Superior da cidade deu razão ao artista Stefan Bohnenberger contra a galeria Mosel und Tschechow, a qual denunciou por destruir as peças artísticas, apesar de ser apenas um modelo para um objeto definitivo.

Ao contrário da instância anterior, que decidiu contra o artista, o Tribunal Superior de Munique não perguntou se as batatas fritas eram obra de arte, mas se poderiam ser avaliadas.

Essa decisão teve aparentemente influência considerável da declaração de uma testemunha, uma colecionadora que se mostrou disposta a comprar as batatas fritas e a pagar por elas US$ 3,3 mil.

'O artista sofreu a perda de possíveis lucros pelo comportamento inadequado da galeria', indicou um porta-voz do tribunal ao explicar a sentença, enquanto Bohnenberger demonstrou sua satisfação e a galerista Andrea Tschechow sua contrariedade.

A condenada disse que as duas batatas fritas não deveriam ser consideradas objetos de arte e questionou a possível venda, já que, como eram modelos para uma peça única, poderiam ter sido utilizadas para fazer cópias ilegais.

Após ter deixado a galeria Mosel und Tschechow em 2005, Bohnenberger solicitou a devolução de sua obra 'Pommes d'Or' e das duas batatas fritas.

A galeria as entregou, após longo período de divergência e o pagamento de US$ 1,3 mil pelo material, mas reconheceu que as batatas fritas originais foram destruídas e que após 22 anos seu estado de conservação seria duvidoso. 

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