França repercute perplexa a histórica derrota do Brasil

Paris - "Incrível", "humilhado" e "destruído" são alguns dos adjetivos utilizados pela imprensa francesa nesta quarta-feira para se referir à goleada de 7 a 1 sofrida pelo Brasil diante da Alemanha na semifinal da Copa do Mundo .

O jornal "L'Équipe" exibiu em sua capa uma fotografia, de página inteira, de Tony Kross levantando os braços diante do olhar de Miroslav Klose com a manchete: "Incrível".

À direita da imagem, uma coluna lembrou que "os brasileiros foram desintegrados como ninguém jamais tinha sido antes na história do futebol".

"Injusto. O Brasil nunca tinha sofrido uma derrota tão grande em um século", acrescentou a publicação, que enalteceu o jogo moderno e coletivo da Alemanha, além de lembrar que Klose se tornou ontem o maior artilheiro da história dos Mundiais, com 16 gols.

Nas páginas interiores, as fotografias mostram os jogadores brasileiros de joelhos, desolados no campo, enquanto os torcedores aparecem desconsolados nas arquibancadas.

O jornal "Le Figaro" ilustrou sua capa com uma torcedora brasileira com o rosto pintado de verde e amarelo, tentando conter suas lágrimas, com a seguinte manchete: "Humilhado pela Alemanha por 7 a 1, o Brasil vive um drama nacional".

A publicação destacou que a noite "de pesadelo" dos brasileiros terminou com a maior derrota da história em uma semifinal de Copa do Mundo.

Já o "Le Parisien" seguiu na mesma linha, mostrando o choro de uma torcedora e uma imagem de David Luiz inconformado para informar que o Brasil foi "destruído" pela equipe germânica.

"O sonho de todo um país se choca contra o muro alemão", acrescentou a publicação.

"Ninguém é capaz de dizer esta manhã o que aconteceu com essa equipe do Brasil", eram os comentários do programa matinal da emissora de televisão "BFM TV", enquanto a rádio "France Info" exibiu na página principal de seu site uma análise sobre o que disse a imprensa brasileira da derrota de sua seleção.

Nessa mesma análise, a rádio pública destacou que a Alemanha impôs ao Brasil "uma correção histórica e um castigo incrível para o país anfitrião".