França ganha dois novos restaurantes com três estrelas Michelin
Segundo fontes, os restaurantes La Maison des Bois de Marc Veyrat nos Alpes e L'Hôtel du Castellet de Christophe Bacquié devem receber a terceira estrela
AFP
Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 12h15.
Os restaurantes La Maison des Bois de Marc Veyrat nos Alpes e L'Hôtel du Castellet de Christophe Bacquié ganharam a terceira estrela na edição de 2018 do Guia Michelin França, indicou nesta segunda-feira uma fonte próxima do guia.
O famoso guia vermelho, que apresentará oficialmente sua seleção em uma coletiva de imprensa às 15h30 GMT (13h30 de Brasília), não confirmou a informação.
O chef Marc Veyrat, de 67 anos, é conhecido por seu chapéu preto e sua cozinha com ervas silvestres. É a terceira vez que a "bíblia" da gastronomia lhe concede três estrelas, enquanto é a primeira para Christophe Bacquié.
Nascido em 1972, este chef oferece uma cozinha mediterrânea no L'Hôtel du Castellet, um estabelecimento perto de Marselha (sudeste) com duas estrelas desde 2010.
Quinze dias após a morte do lendário Paul Bocuse, cujo restaurante em Collonges-au-Mont d'Or, no centro-leste da França, ostenta três estrelas desde 1965, Michelin lhe fará homenagem durante a coletiva de imprensa para anunciar os resultados nos arredores de Paris.
Cerca de 200 chefs reconhecidos pelo guia gastronômico foram convidados para o evento, transmitido ao vivo nas redes sociais e que contará com a presença do primeiro-ministro francês, Edouard Philippe.
As únicas informações reveladas oficialmente são o número total de estrelas: 621, ou seja, cinco mais do que na última edição, e uma maior presença de chefs estrangeiros na lista de vencedores.
Disponível a partir de 9 de fevereiro, o Guia Michelin França, cuja seleção foi feita a partir de visitas de inspetores anônimos, inaugura, por outro lado, um sistema de apadrinhamento para acompanhar os novos estrelados.
A madrinha desta edição é a chef Anne-Sophie Pic, a única mulher com um restaurante três estrelas na França.
A ideia é "tentar transmitir-lhes a minha experiência para ajudá-los a progredir se experimentarem momentos de dúvida ao longo deste ano", disse Pic à AFP.
Ostentar a máxima distinção gastronômica pode ser sinônimo de muita pressão. Assim, o renomado chef Sébastien Bras, de 46 anos, à frente do restaurante fundado por seu pai Le Suquet, no sul da França, pediu em setembro para deixar de aparecer no guia.
O pedido, inédito para um estabelecimento três estrelas, foi aceito.
Criado em 1900 pelos irmãos André e Edouard Michelin e destinado a motoristas, o Guia Michelin foi internacionalizado e abrange cerca de 30 edições em todo o mundo.
O guia vermelho continua a ser uma referência no mundo da gastronomia, apesar das críticas e controvérsias, bem como da concorrência de sites participantes e classificações internacionais.
Sua edição na França de 2017 tinha 27 restaurantes três estrelas, 86 duas estrelas e 503 uma estrela.