Fora da viagem, Martinuccio pede: "Rezem por meus companheiros"
Jogador argentino que não foi convocado para jogo da Sul-Americana escapou de pegar o voo que se acidentou com seus companheiros da Chapecoense
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de novembro de 2016 às 10h22.
Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 11h59.
Chapecó - Ex-jogador de Fluminense, Cruzeiro e Coritiba, desde abril Alejandro Martinuccio defende a Chapecoense. O atacante argentino, porém, não estava entre os relacionados para a primeira partida da Copa Sul-Americana e não viajou com o elenco para Medellín, onde caiu o voo que levava seus companheiros. Nesta terça-feira, pelo Twitter, ele pediu: "Rezem por meus companheiros, por favor".
O lateral-direito Cláudio Winck, ex-Internacional, é outro que ficou em Chapecó por opção do técnico Caio Júnior. "Não tem muito o que falar, estamos rezando pelo melhor e para todas as famílias. Está um clima que eu nunca tinha visto na minha vida. Acabamos de ver na televisão o número de mortes. Eu estou na Arena Condá aqui, estão todos os familiares. Todo mundo que não viajou também está aqui no vestiário reunido", contou à Rádio Guaiba.
A lista de jogadores do elenco que ficou no Brasil ainda tem Marcelo Boeck, Neném, Hyoran, Nivaldo, Rafael Lima e Demerson. Hyoran já foi confirmado como reforço do Palmeiras para o ano que vem.
TRAGÉDIA - O avião que transportava a delegação da Chapecoense contava com um total de 78 pessoas a bordo, entre elas 69 passageiros e nove tripulantes. Entre os passageiros estavam 22 jogadores do time catarinense, além de 21 jornalistas.
Incluídos na lista de passageiros divulgada pelas autoridades colombianas, o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David De Nes Filho, o deputado estadual Gelson Merisio (PSD-SC), presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, não estavam no avião.
O dirigente estava em São Paulo e embarcaria nesta terça-feira em um voo comercial rumo a Medellín. Buligon também embarcaria neste mesmo voo, depois de o avião fretado pelo clube, com intenção de fazer voo direto a Medellín, ter sido desautorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Como o avião, da companhia aérea Lamia, da Bolívia, não tinha autorização para pousar em Medellín, a delegação da Chapecoense precisou embarcar um voo comercial até Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, antes de pegar o avião que caiu quando já chegava ao aeroporto de Medellín. A aeronave caiu em um lugar de mata fechada, em uma região montanhosa, e de difícil acesso para as equipes de resgate.
Informações iniciais sobre o acidente, que agora está tendo as suas causas investigadas, dão conta de que o avião teria sofrido uma pane elétrica e o piloto teria liberado combustível da aeronave antes do pouso forçado para evitar que houvesse uma explosão na hora do choque com o solo. Também está sendo investigada a hipótese de que o combustível do avião teria acabado antes de o piloto ser obrigado a fazer o pouso forçado.