Gianni Infantino: presidente explicou que o torneio com 24 equipes será testado na edição a ser realizada daqui dois anos (UEFA/UEFA/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de março de 2019 às 15h21.
Última atualização em 15 de março de 2019 às 15h22.
Miami - O Conselho da Fifa ignorou a forte oposição europeia e aprovou um novo formato para o Mundial de Clubes a partir de 2021. Após o encontro dos dirigentes da entidade em Miami, o presidente Gianni Infantino explicou que o torneio com 24 equipes será testado na edição a ser realizada daqui dois anos.
Uma versão quadrienal do Mundial deverá ser disputada pela primeira vez entre junho e julho de 2021, em substituição ao atual formato, jogado anualmente por sete equipes. O novo torneio ocupará o lugar no calendário da Copa das Confederações, que vinha apresentando números decepcionantes de público e audiência e deixará de ser realizada.
"Nós esperamos que todas as maiores equipes do mundo participem (do novo Mundial de Clubes). Os melhores times deveriam ter esta plataforma mundial. Vamos continuar com nossas conversas", declarou Infantino. A expectativa é de que o torneio conte com oito clubes europeus e seis da América do Sul, enquanto as outras vagas seriam distribuídas entre as outras federações continentais.
A aprovação da Fifa aconteceu mesmo após a oposição declarada pelos times da Europa. A Associação de Clubes Europeus (ECA, na sigla em inglês) afirmou que nenhuma das equipes que representa participaria do Mundial de 2021 caso a proposta de expansão do torneio fosse aprovada.
Em carta enviada diretamente a Infantino, o comitê executivo da ECA, que representa 232 clubes, se disse "contra qualquer possível aprovação de uma revisão do Mundial de Clubes neste momento e confirma que nenhum clube da ECA aceitaria participar de tal competição".
Os clubes também pediram à Fifa que "adiasse qualquer decisão relativa ao Mundial de Clubes até o momento em que as legítimas preocupações e interesses dos clubes europeus sejam devidamente abordados".