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Festival quer mostrar que São Paulo também tem samba no pé

O festival É Tradição e o Samba Continua vai até domingo (6) no Memorial da América Latina, na zona oeste da capital paulista

Em cada uma das noites do festival, um grande nome do samba paulista será homenageado: Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini, Geraldo Filme, Toninho Batuqueiro, Eduardo Gudin e Osvaldinho da Cuíca

Em cada uma das noites do festival, um grande nome do samba paulista será homenageado: Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini, Geraldo Filme, Toninho Batuqueiro, Eduardo Gudin e Osvaldinho da Cuíca

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2012 às 10h31.

São Paulo - “O samba não levanta mais poeira/ Asfalto hoje cobriu o nosso chão”. Os versos de Geraldo Firme (1928-1995) mostram que, influenciado pelas mudanças da cidade, o samba de hoje pode até não ser mais o mesmo. Apesar disso, o compositor atesta: “é tradição e o samba continua”.

Os versos da canção Tradição (vai no Bexiga pra ver) dão nome a um festival que promete colocar muito samba no pé dos paulistanos durante esta semana. O festival É Tradição e o Samba Continua vai até domingo (6) no Memorial da América Latina, na zona oeste da capital paulista. De hoje (3) a sábado (5), o festival começa às 21h. No domingo (6), os sambistas Toinho Melodia, Chapinha, Osvaldinho da Cuíca e a Velha Guarda da Camisa Verde e Branco vão tocar a partir das 20h.

“É uma mostra de samba cuja ideia é apresentar um panorama do samba atual feito em São Paulo, reunindo artistas novos e da velha geração”, explicou Sérgio Mendonça, coordenador-geral do projeto.

O festival de samba também pretende mostrar que se faz samba de qualidade na terra da garoa. “São Paulo tem muito artista de qualidade. O samba em São Paulo, nos últimos dez anos, vem crescendo muito”, destacou Mendonça. Segundo ele, o samba que se faz na capital paulista não é diferente do que é feito no Rio de Janeiro ou em outras regiões do país. “Samba é samba em São Paulo, no Rio, no Ceará. O samba tem uma linguagem muito parecida. O que tem se diferenciado em São Paulo é o surgimento, nos últimos anos, de diversas comunidades do samba nas periferias, que se reúnem todas as semanas”, destacou.

Em cada uma das noites do festival, um grande nome do samba paulista será homenageado: Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini, Geraldo Filme, Toninho Batuqueiro, Eduardo Gudin e Osvaldinho da Cuíca.

Esta é a segunda edição do projeto que teve início em 2009. O intervalo entre as edições se deve, segundo Mendonça, à grande dificuldade em conseguir patrocínios. “Esperamos que, a partir deste ano, ele se torne anual”, contou.

Vinte e dois artistas vão se apresentar durante todos os dias do evento. “Faltaram muitos dias para contemplar o que realmente o samba de São Paulo tem”, disse Mendonça.

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