Chef de cozinha Jamie Oliver diz que nunca leu um livro
"Eu sei que isso soa incrivelmente ignorante, mas eu sou disléxico e fico entediado facilmente", explica Oliver
Diogo Max
Publicado em 19 de novembro de 2012 às 08h45.
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São Paulo – O que Thor Batista, filho do empresário Eike Batista , e Jamie Oliver, famoso chef britânico, têm em comum? Ambos admitem que nunca terminaram de ler um livro na vida.
“Eu nunca li um livro na minha vida”, diz o chef de 37 anos, fenômeno do mercado editorial e que já lançou ao menos 16 obras de culinária mundo afora. “Eu sei que isso soa incrivelmente ignorante, mas eu sou disléxico e fico entediado facilmente”, explica Oliver, em uma entrevista dada ao jornal The Independent, do Reino Unido .
A dislexia é definida como um problema de aprendizagem de origem neurológica, de acordo com a associação brasileira da doença. "É caracterizada pela dificuldade com a fluência correta na leitura e por dificuldade na habilidade de decodificação e soletração”, explica a instituição, em seu site. O tratamento ajuda ao paciente a ter mais segurança para usar a linguagem escrita.
O chef Jamie Oliver parece já ter passado por algum tratamento em sua vida, uma vez que já iniciou a leitura de um livro. "Eu quase terminei Cozinha Confidencial, de Anthony Bourdain”, afirma o chefe. Porém, devido a uma briga com o autor, Oliver parou de ler a obra do chef nova-iorquino. “Mas depois ele pediu desculpa e a gente fez as pazes. Agora eu deveria voltar a ler o resto do livro”, brinca o britânico.
Também repercutindo a entrevista, o portal de notícias Huffington Post lembrou que a dislexia não impediu que os autores Hans Christian Andersen, Agatha Christie e F. Scott Fitzgerald escrevessem obras clássicas da literatura, mesmo suspostamente sofrendo da doença.
Thor Batista
Uma das declarações mais polêmicas do herdeiro de Eike Batista foi dada em meados de 2011. Em uma entrevista para Veja Rio, Thor afirmou: “Nunca li um livro inteiro. Na época da escola, copiava os resumos da internet para fazer as provas.”
O primogênito de Eike também trancou a faculdade de Economia no primeiro ano, por considerar que o ritmo estava muito forte. Em compensação, afirma que sua preparação para assumir os negócios começou cedo – e na prática. Desde os nove anos, ele acompanha Eike em compromissos e reuniões de negócios.