Técnico Luiz Felipe Scolari, em comemoração à vitória do Brasil sobre a Espanha, que garantiu o título da Copa das Confederações (REUTERS/Paulo Whitaker)
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2013 às 09h58.
Miami - Luiz Felipe Scolari abandonou de vez a postura comedida que exibia desde que reassumiu a seleção brasileira, em novembro do ano passado. Após a goleada sobre Honduras, na noite de sábado, o treinador não economizou palavras para mostrar sua confiança e cravou: "Não tem pressão sobre o Brasil para ser campeão. O Brasil vai ser campeão."
Com a declaração, Felipão eleva o tom em mais um degrau em seu discurso pré-Copa. Depois de vencer a Espanha na final da Copa das Confederações, em junho, o técnico havia afirmado que o Brasil ainda não estava no mesmo nível de times como a Alemanha e a própria Espanha. Nesta semana, ele já mudou o discurso e colocou a seleção ao lado das favoritas. "Temos as mesmas condições de outras seleções", declarara.
Neste sábado, Felipão deixou de lado toda a postura cautelosa e escancarou sua confiança. "Se eu não achasse que poderia ganhar, eu não iria dirigir a seleção do Brasil, eu ficaria em casa. Eu acredito 100% que vou ganhar o Mundial pelo Brasil", reforçou o técnico, prestes a completar um ano no comando da seleção brasileira.
A confiança, contudo, não foi resultado direto do placar de 5 a 0 sobre Honduras. Felipão aprovou a atuação da seleção, mas admitiu que o jogo não correspondeu à "realidade". "5 a 0 não diz a realidade do jogo. O jogo foi bem disputado. O normal da partida pelas duas seleções e pela forma que jogamos, poderia ser 2 a 0 ou 3 a 0. Os gols foram surgindo pelo aproveitamento. O jogo foi razoavelmente disputado pelas duas equipes. Dentro do nível que nós temos e pela produtividade, o resultado foi bom", avaliou.
O treinador minimizou também as seguidas faltas sobre Neymar, que deixou o gramado reclamando do excesso hondurenho. "São 17 faltas que Honduras cometeu, oito delas sobre o Neymar. Ele tem uma característica especial de drible, de partir para cima do adversário. Em todos os jogos, ele é o atleta que sofre mais faltas. É um jogo de futebol e sempre acontece uma disputa um pouco mais forte".