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Fechado desde 2015, Museu da Língua Portuguesa começa a receber alunos

A programação especial para escolas faz parte de um “esquenta” para a reabertura do museu, que sofreu um incêndio em 2015

Museu da Língua Portuguesa (GESP/Divulgação) (GESP/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de março de 2020 às 12h52.

Um grupo vestido com coletes coloridos abriu sorrisos enquanto passava pelos arredores do Museu da Língua Portuguesa. Alunos de três escolas do entorno participaram de um visita educativa na manhã desta quinta-feira, 12. A programação é parte de um “esquenta” para reabrir as portas do museu em reforma, após sofrer incêndio em 21 de junho de 2015.

A partir desta quinta, o museu vai receber estudantes semanalmente para o programa educativo que vinha funcionando para além das paredes do edifício no coração da Luz. O projeto Ônibus Andante, um sistema de transporte a pé, mapeou o bairro e descobriu mais de 20 instituições de ensino na região, conta a gerente de projetos Deca Farroco. “Era preciso manter o museu funcionando de algum modo, e a maneira foi olhar para fora, entrar em contato com quem estava ao nosso redor.” Assinalado em três linhas, o projeto reuniu as principais paradas do centro, entre espaços públicos, instituições de cultura e escolas. “Agora vamos receber os estudantes em visitas mediadas no museu” disse ela.

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E foi uma manhã divertida. Grupos do Instituto Dom Bosco, escola estadual Prudente de Moraes e Monteiro Lobato, de educação infantil, ensino fundamental e médio, abriram a programação que vai até 28 de maio.

Depois do incêndio que atingiu o prédio há 5 anos, foi estimado, em 2018, um valor de R$ 60 milhões para as obras. Em maio de 2019, o investimento foi atualizado em R$ 80,9 milhões e em dezembro do mesmo ano, R$ 81,4 milhões. A maior parte é da indenização do seguro contra incêndio (R$ 34 milhões) e de empresas privadas.

Entre elas, o Instituto EDP que investiu cerca de R$ 20 milhões nas obras. Para o diretor executivo Luis Gouveia, receber os estudantes nessa etapa é algo capaz de transformar a atmosfera do museu. “Foi importante estar em contato com a comunidade. Percebemos que muitos moradores ainda não conheciam o museu, mesmo vivendo e trabalhando ao lado.” A empresa também é responsável pelo investimento de 12 milhões no restauro do Museu do Ipiranga, que deve ser inaugurado no bicentenário da Independência, em setembro de 2020.

Entre as novidades, o Museu da Língua Portuguesa vai receber um café no último andar, com vista para a Pinacoteca e o Parque da Luz e a Cracolândia, além de acesso direto pela estação da Luz. Apenas no telhado, a cobertura tem o equivalente a 89.150 quilos de madeira certificada da Amazônia.

Durante a visita dos estudantes, acompanhada pelo Estado, o museu passa pelos últimos ajustes. Há salas que estão interditadas para visita, enquanto profissionais realizam instalações de painéis e outros equipamentos. O espaço anteriormente reservado à galeria se tornou a nova Rua da Língua um corredor com projeções de palavras. Há também totens que emitem vozes de pessoas falando em diversos idiomas.

As visitas guiadas não estão disponíveis apenas a estudantes. O agendamento gratuito é aberto a adultos, moradores e trabalhadores do bairro e estudantes do Ensino para Jovens e Adultos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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