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Exposição mostra menina por trás de Amy Winehouse

Mostra em Londres convida para um olhar comovente sobre a artista antes de se tornar mundialmente conhecida

Roupas e acessórios usados por Amy são exibidos no Jewish Museum, em Londres: o irmão mais velho de Amy reuniu uma coleção de fotografias, roupas e objetos da cantora (Andrew Cowie/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2013 às 14h52.

Londres - É Amy Winehouse , mas não do jeito como se tornou mundialmente conhecida: o volumoso cabelo preto, o olhar firme e os lábios carnudos são logo reconhecidos, mas não há nada que lembre a mulher magra, tatuada e viciada em drogas que Amy se tornaria.

Fotografias íntimas de família, exibidas pela primeira vez em uma nova exposição em Londres, que será inaugurada na quarta-feira, convidam para um olhar comovente sobre a menina judia que cresceu para se tornar uma das cantoras mais famosas do Reino Unido.

Dois anos após a sua morte, aos 27 anos, o irmão mais velho de Amy, Alex, reuniu uma coleção de fotografias, roupas e objetos da cantora para se lembrar de como ela era antes de o álcool e as drogas a terem derrubado.

Alex escreveu uma legenda carinhosa ao lado de cada item, lembrando dos livros do Snoopy que Amy amava quando criança, a primeira guitarra que ele dividiu com a irmã - "possivelmente o pior instrumento musical já fabricado" - e os discos de jazz que ela pegava emprestado com Alex.

O resultado é um retrato dolorosamente tocante de uma mulher que ganhou seis Grammys - cinco pelo disco "Back to Black", de 2006, e um conquistado após sua morte, em reconhecimento ao dueto com Tony Bennett - mas não conseguiu vencer seus próprios demônios.

Depois de anos de vício em álcool e drogas, Amy Winehouse foi encontrada morta em seu flat, em Londres, em 23 de julho de 2011, depois de sofrer uma intoxicação alcoólica.


"Amy Winehouse: um porta-retrato familiar" não faz nenhuma referência ao acontecimento e foca, deliberadamente, nos bons tempos da vida da artista.

"Não é um santuário ou memorial para alguém que morreu. É um retrato profundo de uma menina, simplesmente uma criança judia do norte de Londres com um grande talento", escreveu Alex Winehouse na apresentação da exposição, que é realizada no Museu Judeu em Camdena até 15 de setembro. O local reflete a identidade cultural da cantora e fica próximo de onde ela morava e morreu.

"Amy, assim como seus parentes mais próximos, não era particularmente religiosa, mas tinha uma influência cultural judaica muito forte", disse à AFP o curador Elizabeth Selby.

A cantora mantinha muitas das suas fotografias em uma mala, que também está exposta. Ela olhou para elas junto com seu pai, Mick, dias antes da sua morte.

Em um formulário preenchido para ingressar em uma escola de teatro, a garota se mostrava entusiasmada com a possibilidade de se tornar famosa.

Em caligrafia infantil, se pode ler sobre sua ambição, aos 14 anos: "Tenho esse sonho de ser famosa, de estar no palco. É uma ambição de vida, quero que as pessoas ouçam minha voz e esqueçam seus problemas por alguns minutos".

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Londres - É Amy Winehouse , mas não do jeito como se tornou mundialmente conhecida: o volumoso cabelo preto, o olhar firme e os lábios carnudos são logo reconhecidos, mas não há nada que lembre a mulher magra, tatuada e viciada em drogas que Amy se tornaria.

Fotografias íntimas de família, exibidas pela primeira vez em uma nova exposição em Londres, que será inaugurada na quarta-feira, convidam para um olhar comovente sobre a menina judia que cresceu para se tornar uma das cantoras mais famosas do Reino Unido.

Dois anos após a sua morte, aos 27 anos, o irmão mais velho de Amy, Alex, reuniu uma coleção de fotografias, roupas e objetos da cantora para se lembrar de como ela era antes de o álcool e as drogas a terem derrubado.

Alex escreveu uma legenda carinhosa ao lado de cada item, lembrando dos livros do Snoopy que Amy amava quando criança, a primeira guitarra que ele dividiu com a irmã - "possivelmente o pior instrumento musical já fabricado" - e os discos de jazz que ela pegava emprestado com Alex.

O resultado é um retrato dolorosamente tocante de uma mulher que ganhou seis Grammys - cinco pelo disco "Back to Black", de 2006, e um conquistado após sua morte, em reconhecimento ao dueto com Tony Bennett - mas não conseguiu vencer seus próprios demônios.

Depois de anos de vício em álcool e drogas, Amy Winehouse foi encontrada morta em seu flat, em Londres, em 23 de julho de 2011, depois de sofrer uma intoxicação alcoólica.


"Amy Winehouse: um porta-retrato familiar" não faz nenhuma referência ao acontecimento e foca, deliberadamente, nos bons tempos da vida da artista.

"Não é um santuário ou memorial para alguém que morreu. É um retrato profundo de uma menina, simplesmente uma criança judia do norte de Londres com um grande talento", escreveu Alex Winehouse na apresentação da exposição, que é realizada no Museu Judeu em Camdena até 15 de setembro. O local reflete a identidade cultural da cantora e fica próximo de onde ela morava e morreu.

"Amy, assim como seus parentes mais próximos, não era particularmente religiosa, mas tinha uma influência cultural judaica muito forte", disse à AFP o curador Elizabeth Selby.

A cantora mantinha muitas das suas fotografias em uma mala, que também está exposta. Ela olhou para elas junto com seu pai, Mick, dias antes da sua morte.

Em um formulário preenchido para ingressar em uma escola de teatro, a garota se mostrava entusiasmada com a possibilidade de se tornar famosa.

Em caligrafia infantil, se pode ler sobre sua ambição, aos 14 anos: "Tenho esse sonho de ser famosa, de estar no palco. É uma ambição de vida, quero que as pessoas ouçam minha voz e esqueçam seus problemas por alguns minutos".

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