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Estilista Alber Elbaz morre aos 59 anos

Estilista assumiu a difícil tarefa de substituir Yves Saint Laurent na linha prêt-à-porter do francês em 1998, antes de ingressar na Lanvin em 2001, onde ficou por 14 anos

O estilista Alber Elbaz após defile em Paris, em 27 de setembro de 2012 (Alexandra DEL PERAL/AFP Photo)

O estilista Alber Elbaz após defile em Paris, em 27 de setembro de 2012 (Alexandra DEL PERAL/AFP Photo)

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GabrielJusto

Publicado em 25 de abril de 2021 às 12h21.

Alber Elbaz, o estilista audacioso cujas criações voltaram a fazer da famosa casa de moda francesa Lanvin uma referência na indústria antes de sua demissão em 2015, morreu no sábado (24) em decorrência de complicações da covid-19.

"Foi com surpresa e grande tristeza que soube da morte repentina de Alber", declarou em comunicado neste domingo (25) o presidente do grupo suíço Richemont, Johann Ruper. "Era um homem de calor excepcional e muito talentoso, e sua visão singular, seu senso de beleza e empatia deixarão uma marca indelével", elogiou Rupert.

Reconhecível por sua silhueta redonda, seus óculos e sua gravata borboleta, Alber Elbaz, de 59 anos, marcou o mundo da moda com seus vestidos curtos, muitas vezes pretos, populares entre as atrizes de Hollywood como Natalie Portman, Cate Blanchett ou Sienna Miller.

"Fiquei terrivelmente triste ao saber do falecimento de Alber Elbaz, um amigo de longa data. Quem teve a sorte de trabalhar com este homem incrível sabe que ele foi um dos homens mais criativos e divertidos da indústria, um verdadeiro pioneiro", reagiu no Instagram Edward Enninful, editor-chefe da Vogue UK, saudando a memória de um homem "extremamente talentoso e humilde".

"Ele era um homem estimado por todos por sua humanidade e seu humor excepcional; também era um gênio criativo admirado por seu estilo combinando feminilidade e modernidade", tuitou François-Henri Pinault, CEO do grupo de luxo Kering (Gucci, Yves Saint Laurent).

Nascido no Marrocos, Alber Elbaz começou sua carreira com o estilista americano Geoffrey Beene em Nova York, antes de ser contratado por Guy Laroche. Ele então assumiu a difícil tarefa de substituir Yves Saint Laurent na linha prêt-à-porter do francês em 1998, antes de ingressar na Lanvin em 2001. Ao seu comando por 14 anos, conseguiu a façanha de devolver o brilho à Lanvin, a marca de alta costura mais antiga da França. Ele afirmou seu estilo e sua visão da moda feminina. Uma moda funcional que deve acompanhar os corpos e valorizá-los.

"As mulheres são mais independentes, ousam mais. Não dependem do marido para comprar um vestido. Também não dependem de um estilista (...) Uma peça de roupa deve acompanhá-las. Elas desejam se mover com, viver com. O movimento é essencial para mim, é a vida", disse ele em entrevista à revista L'Express em 2008.

Ele também assinou uma coleção em 2010 para a gigante sueca H&M.

Saída traumática

Em 2015, ele foi demitido da Lanvin. Uma partida brutal e traumática para o criador, que teve dificuldades em se recuperar. Nos anos seguintes, manteve a discrição, produzindo algumas colaborações.

Notavelmente, assinou uma coleção para Tod's envolvendo bolsas e sapatos e outra para a marca de tênis Converse.

No final de 2019, juntou forças com a suíça Richemont para criar a sua própria marca "AZ Factory", que pretendia ser "funcional e adequada a todos".

"É um novo começo. Uma marca de luxo digital baseada em inovação e tecnologia, mas acima de tudo, um lugar para experiências e experimentar novas ideias", disse ele no lançamento de sua marca.

Um novo começo logo interrompido e que deixa o mundo da moda de luto, poucos meses após a morte de Kenzo, que faleceu de covid-19.

"Alber Elbaz, o costureiro fino, sábio e caprichoso que dava prioridade às mulheres, faleceu após três semanas de luta contra a covid", afirmou no Instagram a americana Suzy Menkes.

"Trágico desaparecimento de Alber Elbaz, grande estilista e grande artista, intensamente apegado ao know-how, querendo inovações das quais entendia toda a extensão e necessidade. Tinha imenso talento e genialidade. Imensa tristeza", reagiu no Twitter o presidente executivo da Federação de Alta Costura e Moda da França, Pascal Morand.

(Com agências internacionais)

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