Casual

Andy Warhol seria viciado em Twitter e Facebook

Segundo diretor do Museu Andy Warhol, o pintor também seria fascinado pelas irmãs Kardashian e Lady Gaga

Este ano completa 25 anos da morte do pai da Pop Art (Jim Linwood/Creative Commons)

Este ano completa 25 anos da morte do pai da Pop Art (Jim Linwood/Creative Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2012 às 21h05.

Nova York - Andy Warhol seria viciado nas redes sociais e em reality shows e estaria fascinado com celebridades como Lindsay Lohan e Lady Gaga, disse nesta quarta-feira à Agência Efe o diretor do museu que leva seu nome, quando se completam 25 anos da morte do pai da Pop Art.

"Ele seria fascinado por Lohan, pelas irmãs Kardashian e Lady Gaga. E veria religiosamente "The Real Housewives of Beverly Hills", porque lhe seduzia o mundo dos famosos e seu lado mais escuro", afirmou Eric Shiner, diretor do Museu Andy Warhol, durante uma entrevista por telefone com a Agência Efe.

Nascido em 6 de agosto de 1928 em Pittsburgh, este filho de imigrantes eslovacos se instalou com apenas 21 anos em Nova York, onde viveu até sua morte, em 1987, em um hospital onde se recuperava de uma operação na vesícula biliar.

Warhol teria hoje 83 anos, mas certamente teria uma conta no Twitter e atualizaria diariamente seu perfil no Facebook, porque sempre esteve "comprometido" com as novas tecnologias, disse Shiner, que não poupa elogios ao legado do artista.

"Passados 25 anos (de sua morte), não só seu legado está cada vez mais consolidado em termos artísticos, mas muitos recuperam também sua faceta como inovador social", acrescentou o diretor do museu.

Shiner detalhou à Efe que uns dos segredos do sucesso do pai da Pop Art são a "proximidade" e o "interesse" que sempre despertaram os temas que inspiraram Warhol, e por isso os colecionadores de todo mundo sentem-se "conectados quase de forma instantânea" com suas obras de arte.


"Todo mundo conhece as célebres latas de sopa Campbell ou seus retratos de Marilyn Monroe, são ícones da cultura popular", destacou o especialista, que, no entanto, acredita que ainda resta muito trabalho a ser feito para divulgar a "riqueza e diversidade" de sua obra.

Warhol é hoje sinônimo de sucesso no multimilionário mercado da arte e seus quadros alcançam preços vertiginosos e rompem recordes no cobiçado circuito internacional dos leilões.

"É inegável que se transformou em um símbolo de status. Se você tem um Warhol pendurado na parede de sua casa, praticamente todo mundo o identifica de forma imediata, e os colecionadores querem ter este tipo de troféus", comentou Shiner.

Habituais nos leilões de arte contemporânea, suas obras protagonizaram algumas das últimas vendas organizadas pela Sotheby"s e pela Christie"s, onde seu autorretrato foi vendido em 2011 pela bagatela de US$ 38,4 milhões.

Com receitas anuais próximas a US$ 6 milhões, Warhol continua sendo um dos artistas falecidos mais rentáveis da história, segundo a revista "Forbes", que inclui seu nome junto ao de Michael Jackson, Elvis Presley e suas musas Marilyn Monroe e Elizabeth Taylor.

Uma das grandes apostas do Museu Andy Warhol para o futuro próximo é Ásia, com uma grande retrospectiva que será inaugurada em março em Cingapura e que se transferirá depois a Hong Kong, Xangai, Pequim e Tóquio.

A fundação de Nova York que leva seu nome lembra nestes dias que Warhol continua sendo um ícone cultural e motivo de inspiração para novas gerações, tal como fez em vida em seu estúdio The Factory, transformado em uma referência da Manhattan mais boêmia e excêntrica dos anos 1960, pelo que passaram Lou Reed e Bob Dylan.

Acompanhe tudo sobre:ArteArtes visuaisEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookInternetRedes sociaisTwitter

Mais de Casual

Brinde harmonizado: como escolher bons rótulos para as festas de fim de ano

Os espumantes brasileiros que se destacaram em concursos internacionais em 2024

Para onde os mais ricos do mundo viajam nas férias de fim de ano? Veja os destinos favoritos

25 restaurantes que funcionam entre o Natal e o Ano Novo em São Paulo