Exame Logo

Especialista alerta para excesso de álcool no fim de ano

Época de emoções e de excessos, principalmente de álcool, as festas de final de ano acendem um alerta vermelho que deve ser levado em conta, segundo psiquiatra

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2014 às 23h10.

Rio de Janeiro -Época de emoções e também de excessos, principalmente de álcool , as festas de final de ano acendem um alerta vermelho que deve ser levado em conta pelos cidadãos, recomendou o presidente da Associação Brasileira de Alcoolismo e Outras Drogas (Abrad), psiquiatra Jorge Jaber Filho.

Em entrevista hoje (26) à Agência Brasil, Jaber informou que, do ponto de vista fisiológico, o ser humano tem necessidade de algumas substâncias químicas no cérebro, que são os neurotransmissores, que se assemelham às moléculas das drogas, como o álcool, o tabaco, a cocaína, a maconha.

“Há uma tendência na vida das pessoas, que se radicaliza nesse momento de datas festivas, de haver falta dessa substância no cérebro. Aí, a pessoa toma alguma substância, como o álcool, que é um estimulante em pequenas doses, mas que, se tomado em excesso, acaba produzindo o efeito inverso. Em vez de um estímulo ao sistema nervoso central, ela passa a ter uma inibição desse sistema, fazendo com que aumente ainda mais a depressão, decorrente muitas vezes da lembrança de pessoas queridas que não estão mais presentes”, disse o psiquiatra.

Segundo Jaber, há uma inversão de valores nas festas de fim de ano, com crescimento do aspecto mais materialista da data, e não dos valores espirituais.

“Assim, as pessoas acabam abusando dessas substâncias, que adicionam no organismo, como adicionam comidas”. Ele explicou que, a partir daí, há um abuso que pode ser o fator determinante de doenças como alcoolismo e dependência química.

O psiquiatra salientou que, nessa época, costuma aumentar o número de internações tanto em hospitais de pronto-socorro como em clínicas psiquiátricas.

“A situação da saúde pública ainda não conseguiu resolver a questão de leitos hospitalares e, em relação à saúde mental, vigora a política da redução do dano. Ou seja, a pessoa pode usar [álcool, no caso], desde que não cometa atos que piorem a sua vida”. Segundo ele, o Brasil está experimentando esse tipo de política, mas, aparentemente, não tem tido o sucesso esperado. Isso é constatado pela existência de cracolândias, áreas onde se reúnem centenas de pessoas drogadas, principalmente nas grandes metrópoles.

Jaber lembrou que quase todas as pessoas que usam álcool começaram usando tabaco e daí passaram para a maconha. “Quase todos os que usam maconha começaram com tabaco ou álcool. Essas três drogas são fundamentais para levar ao uso da cocaína.”

De acordo com o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), feito pelo Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas da Universidade Federal de São Paulo, a proporção de bebedores frequentes (que bebem uma vez por semana ou mais) subiu 20% no país entre 2006 e 2012, passando de 45% para 54%. A expansão entre as mulheres (34,5%) foi maior do que entre os homens (14,2%), no período pesquisado.

Em termos de concentração do consumo de álcool, o levantamento mostra que 20% dos adultos brasileiros que mais bebem ingerem 56% de todo o álcool consumido. A pesquisa revela ainda que quase dois de cada dez bebedores apresentaram critérios para abuso ou dependência de álcool e que 32% dos adultos que bebem relataram não terem sido capazes de parar depois que começaram a beber.

O levantamento constatou também a relação entre abuso de álcool e depressão. Dos 5% de brasileiros que tentaram tirar a própria vida entre 2006 e 2012, em mais de dois de cada dez casos, o que equivale a 24%, a tentativa estava relacionada ao consumo de bebidas alcoólicas.

Para o presidente da Abrad, a tendência é aumentar o uso de álcool no Brasil. “O que nós temos visto é um aumento do custo na saúde pública da liberação do álcool para menores de 18 anos. E isso leva a um abuso cada vez mais cedo nos jovens, gerando alterações físicas e mentais muito importantes”. Jaber criticou a falta de fiscalização na venda de bebidas para crianças e adolescentes, principalmente em postos de gasolina, onde os jovens compram suco ou refrigerante e tomam misturado a álcool. “Todos veem isso acontecer e não há um efetivo combate a essa prática.”

O psiquiatra ressaltou que não há distinção de classe social ou de nível socioeconômico entre os bebedores de álcool no país. “Os mais abastados costumam misturar vodca com bebidas energéticas ou cafeínicos, enquanto os menos abastados procuram tomar cerveja com cachaça ou fazer essas misturas chamadas batidas, que misturam cachaça com refrescos ou refrigerantes”.

Ele destacou ainda que, nas comunidades carentes, a situação econômica favorece a venda de substâncias ilícitas, como o álcool, entre menores de idade.

Um espumante argentino, de Mendonza, com delicadas notas de frutas secas e toques tostados, com bom corpo e excelente expressão. O espumante extra brut é mais doce do que o brut. Produzido com uvas 100% Chardonnay, o Norton Cosecha Especial Extra Brut é indicado para festas, aperitivos, coquetéis e canapés. Preço: R$ 60,00 (Winebrands)
  • 2. Chandon Excellence Brut

    2 /8(Reprodução)

  • Veja também

    O Chandon Excellence Brut (LVMH) é um espumante de primeira linha, fresco e muito bem elaborado, com boa expressao e muita personalidade, explica Arthur Azevedo. O espumante brasileiro éfeito apenas com variedades chardonnay e pinot noir. É uma otima maneira de comemorar a entrada do novo ano em grande estilo. Preço: R$ 103,35 (Costi Bebidas)
  • 3. Perle di Piera Blue Pearl Prosecco Extra-Dry

    3 /8(Reprodução)

  • O Piera Martellozzo Perle di Piera Blue Pearl Prosecco Extra-Dry é o classico Prosecco, em roupagem de gala, fresco, aromático, frutado e delicado. Segundo o sommelier, é leve, fácil de beber e muito saboroso, perfeitamente adequado para os dias de festa do final do ano. É um espumanete italiano, feito com uvas100% Glera. Preço: R$ 89,00 (Vinissimo)
  • 4. Drappier La Grande Sendrée

    4 /8(Reprodução)

    Produzido na região de Champagne, na França, o Drappier La Grande Sendree é um espumente que pode ser definido como champanhe. Segundo Azevedo, é complexo, sofisticado e de elegância ímpar. "Uma bebida para tornar as festas de final de ano inesquecíveis", explica. Preço: R$ 455,00 (Zahil)
  • 5. Barnaut Blanc de Noirs

    5 /8(Reprodução)

    O Barnault Blanc de Noirs é um champanhe francês de peso, robusto e ao mesmo tempo gentil, explica o sommelier Arthur Azevedo, com acentuadas notas de frutas secas, tostados e brioches. Produzido com uvas 100% Pinot Noir, é o espumante para compor com rara qualidade o cenario das festas de fim de ano. Preço: R$ 240,00 (Decanter)
  • 6. Cava Juvé y Camps Reserva Cinta Púrpura Brut

    6 /8(Reprodução)

    O Cava Juvé y Camps Reserva Cinta Púrpura Brut é um cava de primeira grandeza, refinado, elegante e muito agradável, com notas cítricas, frescor e longa persistência, produzido exclusivamente com as três uvas clássicas da Catalunha: Macabeu, Xare.lo e Parellada. "Excelente para as noites quentes de dezembro", explica Azevedo. Preço: R$ 113,00 (Península Vinhos)
  • 7. Salton Moscatel

    7 /8(Reprodução)

    O Salton Moscatel  é uma versão brasileira do clássico italiano, da região de Piemonte. Mas, segundo o sommelier, esse espumante nacional não deve nada aos estrangeiros. Possui notas cítricas e florais, com um sabor que é internacionalmente famoso. Preço: R$ 19,00 (Salton)
  • 8. Agora, uma seleção de presentes para encantar

    8 /8(Stock Xchng)

  • Acompanhe tudo sobre:Álcool combustívelano-novobebidas-alcoolicas

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Casual

    Mais na Exame