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"Dredd" explora a violência num futuro apocalíptico

No longa-metragem, o protagonista é uma mistura de Dirty Harry com Robocop

Novo Juiz Dredd é interpretado por Karl Urban, o Éomer de Senhor dos Anéis (Divulgação/Facebook)
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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 09h04.

São Paulo - Daqui a 120 anos, depois de catástrofes provocadas pelo homem, o que sobrar da humanidade estará vivendo confinada numa área isolada por muralhas, nos EUA, acossada por gangues e protegida por policiais com poder de vida e morte sobre os habitantes. A boa notícia é que, quando isso acontecer, já estaremos todos mortos.

O futuro apocalíptico, tema frequente no cinema ("Blade Runner", por exemplo, só para ficarmos nos bons filmes) é retomado em "Dredd", adaptação de um gibi britânico com uma pegada extremamente violenta. Para os fãs de videogames, decapitações e tortura podem ser apenas válvula de escape gráfica para um dia de trabalho entediante ou extenuante. No cinema, com o realismo proporcionado pelas câmeras e exacerbado pelo 3D, a violência pela violência torna o espectador quase um personagem da ação. Pode até ser diversão, mas é incômoda.

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Nessa sociedade futura que se esforça para sobreviver ao caos, uma corporação de policiais, chamados de juízes, é responsável pela repressão e julgamento dos criminosos presos em flagrante. Se eles concordam em se entregar, podem pegar prisão perpétua; se reagem, são executados no ato. Vestidos com couraças blindadas, capacetes e empunhando pesado armamento, esses anjos exterminadores são temidos tanto pelos criminosos como pelos cidadãos comuns, que se esforçam para não ficar no caminho quando o clima esquenta.

Dredd (Karl Urban) é uma mistura de Dirty Harry com Robocop. Só que seus métodos pouco convencionais para enfrentar a bandidagem são todos aprovados por seus superiores. O nível de delinquência chegou a tal ponto que eles são autorizados a exterminar seus oponentes em qualquer sinal de reação.

Respeitado pela cúpula do departamento de Justiça, Dredd recebe a incumbência de avaliar uma policial novata, Anderson (Olivia Thirlby), cuja principal arma é seu poder mental. Ela é capaz de entrar na mente de uma pessoa ao tocar sua pele, desvendando seu passado e desejos imediatos.


Ao investigar vários assassinatos cometidos por traficantes de uma nova droga, acabam presos numa emboscada armada pela chefe da gangue, Ma-Ma (Lena Headey), num prédio densamente habitado, que ela controla. Para enfrentar o perigo, a dupla dispõe de muita munição e dos poderes psíquicos de Anderson, que começa a colocar em dúvida se quer realmente continuar na polícia por causa das barbaridades que presencia e é obrigada a cometer.

A ocupação do prédio e a perseguição, desencadeiam uma série de ações cuja violência explícita e em 3D pode afetar estômagos mais sensíveis.

(Luiz Vita, do Cineweb) * As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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