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Dos calçados aos acessórios: Converse lança óculos no país

Com opções de óculos de Sol e de grau, a coleção de acessórios da Converse tem referências dos tênis, com as hastes emborrachadas que relembras os solados clássicos e o logo All Star nos modelos Chuck Taylor

All Star Converse, logo clássico da marca estampa os óculos. (Converse/Divulgação)

All Star Converse, logo clássico da marca estampa os óculos. (Converse/Divulgação)

JS

Julia Storch

Publicado em 23 de julho de 2021 às 10h39.

Com mais de 110 anos de história no universo dos calçados, novos itens da Converse chegam ao país. Desta vez, o clássico logo sai dos tênis da marca para estampar os óculos. Com comercialização pela Marchon Eyewear, fabricante e distribuidora de óculos de marcas como Salvatore Ferragamo, Calvin Klein, Nike, Longchamp, DKNY e Lacoste. 

Em entrevista à Casual, Marcelo Kitsuda, CEO Marchon Brasil e Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria Óptica (ABIOPTICA) fala sobre a entrada da Converse no portfólio da empresa e o mercado ótico no país.

Seguindo as referências dos tênis, a coleção Primavera/Verão 2021 é a primeira desenvolvida em conjunto com a Marchon.

“A coleção foi pensada de forma a refletir os atributos icônicos da marca e atender a um público jovem entre 12 e 35 anos, em uma faixa de preço acessível onde vemos que falta produto no mercado. Além de ser uma nova opção e categoria de produtos da Converse, em adição aos calçados e ao vestuário, para os fãs da marca se expressarem e comunicarem sua personalidade”, comenta Kitsuda.

No país, a comercialização do acessório, sejam óculos de grau ou de sol, é alta. De acordo com a ABIOPTICA, o mercado ótico é formado por aproximadamente de 35 mil óticas, gerando mais de 180 mil empregos diretos e em 2020. Apesar da pandemia, o mercado obteve faturamento de 19,7 bilhões de reais, com mais 100 milhões de unidades vendidas.

A coleção Primavera/Verão 2021 conta com óculos de grau e sol. (Converse/Divulgação)

Como foi pensada esta coleção de lançamento da Conversa na Marchon? 

Pense bem, quando falamos com alguém, 80% da nossa atenção está no rosto das pessoas com quem interagimos, e enquanto olhamos para o rosto delas, seus olhos são a parte mais expressiva e comunicativa, justamente onde repousam os óculos - especialmente em tempos de conversas via telinhas. 

Vemos os óculos Converse como uma adição importante pelo posicionamento atual da marca e pelo que ela representa no estilo de vida dos seus fãs e do público em geral. Só para citar um exemplo de sua relevância e evidência, é a marca de tênis favorita da Vice Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris e de muitas outras celebridades.

Quais são os pontos de destaque da entrada da Converse para o portfólio da Marchon Eyewear?

A Converse deve se destacar pela sua coleção de modelos icônicos na indústria de eyewear, aqui reinterpretados pela Marchon, para inserir na porção ideal os detalhes que nos fazem reconhecer e amar a Converse, sua tradição e personalidade. 

Como exemplo estão as hastes emborrachadas dos óculos com referências visuais e táteis dos solados clássicos, o emblemático logo All Star nos modelos Chuck Taylor, referências ao Racing Stripes da lateral dos tênis e seus cadarços no destaque às agulhas das hastes dos óculos e suas ponteiras, tudo isso com muitas opções de cores.

Qual o ticket médio esperado? 

O ticket médio é de 580 reais, sendo que aproximadamente 50% da coleção oferecida ao consumidor final fica com preços entre 485 e 565 reais. Considerando que, no mercado brasileiro, temos mais de 500 marcas de armações e óculos de sol, sendo que aproximadamente 60% disso é de marcas próprias das óticas e produtos populares com valor de até 450 reais ao consumidor final; marcas nacionais e grifes internacionais de entrada ficam entre 450 reais e 700 reais; marcas e grifes premium de alto valor agregado estão entre 700 e 1.200 reais; e as grifes de alto luxo a partir deste valor

Coleção Converse Primavera/Verão 2021. (Converse)

Ainda com a pandemia, o mercado se manteve em alta. Como foi o ano passado para a empresa no Brasil e no mundo? 

O mercado foi bastante resiliente em 2020. Depois de ter visto suas receitas caírem perto de 80% entre março e abril do ano passado, houve forte recuperação no segundo semestre. Em especial devido ao trabalho liderado pela ABIÓPTICA e outras entidades do setor, como os SINDIÓPTICAS em todo o Brasil, que ajudaram a decretar o setor ótico como essencial na maior parte dos municípios do país. Entre as capitais, poucas foram as exceções, como em Salvador. 

Além disso, o setor se movimentou rapidamente na direção da digitalização, com o Instagram e o Whatsapp como principais ferramentas e implantação rápida de estratégias CRM e Personal Shopping, com uma pré-seleção cuidadosa de peças para clientes em potencial e atendimento em casa. Muitos varejistas relataram grande sucesso nos atendimentos em casa, onde em quase 100% dos casos tiveram sucesso em vender uma ou mais peças nesses atendimentos.

Como o mercado ótico se beneficiará no pós pandemia?

O mercado ótico espera se beneficiar com o fim da pandemia a partir de um aumento ainda maior na venda de óculos de sol e o maior otimismo e confiança do consumidor em gastar mais, investindo em produtos de maior valor agregado e novos óculos. Além da mudança de perfil do comércio de bairro, que deve continuar a atender a um público consumidor de maior valor agregado que consumia nos grandes centros, perto de onde se concentravam a maior parte dos escritórios, mas passaram e seguiram a consumir de casa.

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