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Distúrbios do sono podem sinalizar doenças cardíacas

Mudanças comportamentais simples podem auxiliar a diminuir riscos de doenças

Médica explica que o tratamento correto depende da causa e da gravidade da doença (ChinaFotoPress/Getty Image)
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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2012 às 10h10.

São Paulo - Mais do que incomodar, o ronco e a apneia obstrutiva do sono, que ocorre quando a pessoa tem várias paradas respiratórias enquanto dorme, podem ser sinais de alerta para doenças como a hipertensão arterial e a insuficiência cardíaca.

“Poucos conhecem os riscos da apneia obstrutiva do sono, que pode desencadear arritmias cardíacas, infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (AVC) durante o sono”, afirma Renata Federighi, consultora do sono da Duoflex. Os riscos acontecem porque a apneia leva a uma diminuição rápida na oxigenação sanguínea. Quando o organismo percebe essa parada respiratória, envia um sinal de despertar para o cérebro e o indivíduo acorda a tempo de desobstruir a garganta, caso contrário teria uma morte por asfixia.

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Um dos sintomas mais frequentes da apneia obstrutiva é o histórico de ronco alto. As pessoas roncam quando suas vias respiratórias ficam menores. As causas desse estreitamento podem ser várias, como a obesidade, o envelhecimento, a flacidez dos tecidos da garganta, problemas craniofaciais como desvio de septo (estrutura que separa as duas narinas), o tamanho e o formato da língua e a posição da mandíbula.

Entre os que sofrem com a apneia obstrutiva, há casos graves em que a parada respiratória pode se repetir até 1000 vezes a cada noite. “O sono fica fragmentado e encontra dificuldades para entrar no estágio profundo, quando ocorre de fato o desligamento do cérebro e o sono renovador. Com isso, o indivíduo não descansa, podendo ter fadiga durante o dia, sonolência, dificuldade de memória, entre outros problemas que podem surgir ao longo da vida, como as doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão, obesidade e colesterol alto”, afirma a consultora.

Renata explica que o tratamento correto depende da causa e da gravidade da doença. Segundo ela, o ronco e a apneia podem ter origem fisiológica (menor espaço para passagem de ar na boca e garganta), ser causados por maus hábitos; como o consumo excessivo de álcool e o fumo (que causa um relaxamento/flacidez desta região) ou até mesmo pela má postura ao dormir.

Para os casos mais simples, pequenas mudanças comportamentais podem ajudar a alterar esse quadro, como a perda de peso, a eliminação do consumo de álcool e tranquilizantes, a redução ou a suspensão completa do fumo, além da correção da postura durante sono. Essa última medida deve ser obtida aliada ao uso do travesseiro em altura e suporte apropriados para o seu tipo físico.

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