São Paulo – Um pesadelo, cheio de desgraça, vergonha e sem inteligência.

É assim que os jornais internacionais veem a Seleção brasileira apos sua despedida melancólica da Copa do Mundo, após perder por 3 a 0 a disputa do terceiro lugar no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, neste sábado.

O diário Olé, da Argentina, não demorou muito a saudar a equipe brasileira com sua ironia corriqueira.

"Parabéns, Brasil. Não se sai de um mundial em quarto lugar. E muito menos na sua terra", diz o jornal hermano.

Para o elegante New York Times, a chance da Seleção de salvar um pouco da sua própria festa acabou logo no início do jogo, com dois gols no primeiro tempo.

E o que se viu depois, na visão do jornal americano, foram os holandeses confortavelmente defenderem sua vantagem contra um ataque brasileiro em "ruínas" e "sem habilidade".

"Brasil atacou sem propósito ou inteligência", diz o New York Times.

Maior jornal de circulação nos Estados Unidos, o Wall Street Journal lembrou as vaias no final do jogo e afirmou que muitos torcedores tinham deixado o estádio antes mesmo do terceiro gol da Holanda.

"O Brasil parecia perdido desde o início, fazendo os mesmos erros defensivos que marcou a derrota histórica para os alemães há quatro dias", diz o jornal.

Do outro lado do atlântico, como era de se esperar em um circunstância como esta, o desempenho da seleção foi duramente criticado.

No Reino Unido, o Guardian afirmou que a Holanda "empilhou desgraça" no Brasil.

"Um segundo tropeço no espaço de uma semana garantiu que os jogadores se encaminharam a futuros altamente incertos, com as vaias do público de Brasília ressoando em seus ouvidos", diz o jornal inglês.

O El País, da Espanha, pegou ainda mais pesado e chamou a seleção canarinho de equipe "pesadelo" e "fora de moda", afirmando que "não há conforto ou perdão possível para o Brasil".

Na Itália, a Gazetta dello Sport diz que o Brasil deixou uma má impressão, apesar de a torcida brasileira estar disposta a perdoar a Seleção no início da partida.

"O Brasil ruminou o jogo, inseguro como um menor em sua primeira condução", diz o jornal italiano, que conclui: "Um Brasil afundado. Vergonha e assobios. Além disso, todo pesadelo."