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Depois dos EUA, Anitta leva funk e pop cariocas à Europa

Aos 25 anos, a cantora carioca, que chegou ano passado ao mercado norte-americano com parcerias com astros latinos, estreia hoje no Rock in Rio Lisboa.

Cantora Anitta (Facebook/Anitta/Divulgação)

Cantora Anitta (Facebook/Anitta/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de junho de 2018 às 10h39.

Primeira brasileira a fincar bandeira no top 50 do Spotify internacional, com Downtown e Vai Malandra, Anitta desembarca na Europa para alargar seus domínios no pop mundial. Aos 25 anos, a cantora carioca, que chegou ano passado ao mercado norte-americano na esteira de parcerias com astros latinos, estreia neste domingo, 24, no Rock in Rio Lisboa, na noite em que a atração principal é o pequeno gigante havaiano Bruno Mars; em seguida, aterrissa em palcos prestigiosos de Paris e Londres.

"Sinto que as pessoas estão conhecendo o meu trabalho cada vez mais. Antes, era de forma pontual, com os sucessos que estouravam, agora é a minha carreira como um todo. Os números de Spotify e YouTube estão crescendo", comemorou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo por e-mail esta semana.

O desembarque no teatro francês Trianon é no dia 26; no Royal Albert Hall, em Londres, palco já pisado por Paul McCartney e Elton John (e também pela dupla sertaneja Jorge & Matheus, que gravou um DVD lá em 2012), a "brazillian pop superstar" canta dois dias depois.

Vai Malandra e Downtown chegaram antes ao solo europeu. A primeira atingiu o primeiro lugar do Spotify em Portugal; a segunda entrou para as mais tocadas na Espanha. "Estamos trabalhando muito para alcançar cada vez mais esses países", a artista e empresária contou.

"Os shows que tenho feito na Europa e Estados Unidos são passos muito importantes. Nada está sendo feito sem planejamento, pensamos cada detalhe dessa turnê com muito cuidado. Será no mesmo estilo dos meus shows no Brasil, com músicas que amo, pop, funk e cheio de coreografias e figurinos", adiantou. Com transmissão pelo Multishow a partir das 15h45, ela se apresenta depois do português Agir e antes de Demi Lovato e Bruno Mars.

Anitta e o Rock in Rio já conversavam sobre sua ida para Lisboa quando, em setembro passado, seu nome foi pedido pelo público quando Lady Gaga cancelou a participação, na véspera de seu show, derrubada por um grave problema de saúde. Os ardorosos fãs defenderam seu nome, o festival acabou escalando o Maroon 5 para dobrar sua apresentação, e, com isso, acabou sendo acusado de ter preconceito com o funk.

Ela chegou a reagir, anunciando que montaria seu próprio festival, eclético, mas o projeto ficou de lado. Coincidência ou não, este ano o Rock in Rio anunciou que a Cidade do Rock carioca, em 2019, terá um "Espaço Favela", com apresentações de samba, funk, grupos de percussão e referências ao hip hop. Àquela altura, o nome de Anitta já havia sido anunciado tanto para o Rock in Rio Lisboa quanto para o próximo Palco Mundo no Rio.

"Anitta chegou a um grau de notoriedade dentro e fora do Brasil que ela tem que fazer parte do Rock in Rio. O festival foi eclético desde o nascimento. Hoje, tem mais rock do que em 1985, quando cantaram Elba Ramalho, Alceu Valença, James Taylor... O Rock in Rio nasceu pop", decretou Roberto Medina, idealizador e presidente do festival, ressaltando que não houve qualquer pedido para que o som dela fosse menos funk e mais pop. "Eu contratei a artista. Acho que ela vai numa direção pop, que é mais afinada com o público do Rock in Rio".

Subir ao palco sem ter liberdade total, depois de tantos territórios conquistados? Oito anos de carreira, poderosa há muito, ela não iria mesmo. "Não aceitaria fazer qualquer show, em qualquer lugar do mundo, se houvesse algum tipo de restrição", explicou.

Em paralelo à trilha pelo pop, marcadamente com o bem planejado e bem-sucedido projeto de 2017 CheckMate, com singles de sucesso imediato - a balada Will I see you, a dançante Is that for me, o reggaeton Downtown... -, Anitta segue se reafirmando a funkeira de Vai Malandra. "Eu faço inúmeras músicas que têm a batida do funk, foram escritas para serem funk. Apesar de cantar também outros ritmos, não quer dizer que não faço funk. Não preciso escolher apenas uma coisa. Canto funk, pop, reggaeton, R&B, EDM, mas não deixo de ser uma cantora de funk!"

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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