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Curso ajuda chinesas a encontrar um marido rico

Curso criado em 2010 oferece 30 disciplinas para mulheres que pretendem se casar na China

As aulas que mais atraem as alunas são as chamadas "VIP", que ensinam as meninas a lidar com pretendentes de sucesso (Feng Li/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2011 às 06h27.

Pequim - As jovens chinesas que sonham em se casar com um homem rico e não sabem como conseguir essa façanha contam há um ano em Pequim com um curso no qual podem se preparar para isso, mas que ensina, sobretudo, "a não sofrer uma desilusão amorosa", segundo a criadora da instituição, Shao Tong.

O "Instituto para a Formação da Mulher", criado em maio de 2010 pela até então empresa de consultoria de casais na web, oferece mais de 30 disciplinas que incluem aprender a "não se deixar enganar por um homem", "como selecionar o homem certo" e "como conduzir bem a família após o casamento".

As aulas que mais atraem as alunas são as chamadas "VIP", que ensinam as meninas a lidar com pretendentes de sucesso, como conseguir se casar com eles e como manter a relação.

As alunas que estudam esta especialidade em busca de dinheiro e fama são em geral bonitas e têm boa formação, "por isso é razoável que se casem com homens ricos", disse à Agência Efe o gerente de marketing do Instituto.

"Mas nosso objetivo primordial é que as mulheres aprendam a evitar o sofrimento amoroso", destacou.

O número total de inscritas, seja em consultorias, disciplinas avulsas entre as 30 disponíveis, aulas intensivas de 10 horas ou de 200 horas (estas últimas por um preço de mais de US$ 4 mil) superou em um ano 2.800, cujas idades variam entre 23 e 36 anos, sendo 80% solteiras e divorciadas.

Segundo Shao, quando atuava como empresa de consultoria de casais, viu muitas mulheres que sofriam por amor e imaginou que era necessário ensiná-las a evitar os problemas que surgem nas relações afetivas.

A disciplina de "como se casar com um homem rico" foi introduzida, relatou, para promover o Instituto, mas na realidade as mais procuradas são "como se definir", "como ler o coração do homem", "técnicas para dominar o marido" e "como conseguir uma família harmoniosa".


Além disso, há aulas para aprender a se dar bem com a sogra, a combinar cores e estilos nas roupas, a se pentear para destacar melhor o rosto, a se maquiar e até a cozinhar.

A maioria das alunas é de classe média, mas há também estrangeiras de origem chinesa, muitas enviadas por seus pais para fazer um curso intensivo antes de retornar ao seu país natal.

Pesquisas recentes indicam que a mulher chinesa atualmente dá muita importância à riqueza material do futuro marido e os homens que não dispõem de automóvel e casa própria têm dificuldade de encontrar uma companheira.

Muitos internautas afirmam nas redes sociais chinesas que além da tendência crescente entre as jovens de almejar um marido rico, um curso que as ensina como conseguir esse tipo de pretendente "prejudica a moral social".

No entanto, na opinião de Liu Feng Qing, especialista do "Centro Psicológico de Pequim Hong Fong", melhorar o bem-estar mental da mulher sempre é válido.

No entanto, embora os títulos das matérias do Instituto foquem-se nas demandas psicológicas das mulheres, "prepará-las psicologicamente para objetivos materialistas pode originar consequências negativas", declarou Liu.

"O verdadeiro casamento depende do amor, não dos recursos materiais", concluiu a psicóloga chinesa.

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Pequim - As jovens chinesas que sonham em se casar com um homem rico e não sabem como conseguir essa façanha contam há um ano em Pequim com um curso no qual podem se preparar para isso, mas que ensina, sobretudo, "a não sofrer uma desilusão amorosa", segundo a criadora da instituição, Shao Tong.

O "Instituto para a Formação da Mulher", criado em maio de 2010 pela até então empresa de consultoria de casais na web, oferece mais de 30 disciplinas que incluem aprender a "não se deixar enganar por um homem", "como selecionar o homem certo" e "como conduzir bem a família após o casamento".

As aulas que mais atraem as alunas são as chamadas "VIP", que ensinam as meninas a lidar com pretendentes de sucesso, como conseguir se casar com eles e como manter a relação.

As alunas que estudam esta especialidade em busca de dinheiro e fama são em geral bonitas e têm boa formação, "por isso é razoável que se casem com homens ricos", disse à Agência Efe o gerente de marketing do Instituto.

"Mas nosso objetivo primordial é que as mulheres aprendam a evitar o sofrimento amoroso", destacou.

O número total de inscritas, seja em consultorias, disciplinas avulsas entre as 30 disponíveis, aulas intensivas de 10 horas ou de 200 horas (estas últimas por um preço de mais de US$ 4 mil) superou em um ano 2.800, cujas idades variam entre 23 e 36 anos, sendo 80% solteiras e divorciadas.

Segundo Shao, quando atuava como empresa de consultoria de casais, viu muitas mulheres que sofriam por amor e imaginou que era necessário ensiná-las a evitar os problemas que surgem nas relações afetivas.

A disciplina de "como se casar com um homem rico" foi introduzida, relatou, para promover o Instituto, mas na realidade as mais procuradas são "como se definir", "como ler o coração do homem", "técnicas para dominar o marido" e "como conseguir uma família harmoniosa".


Além disso, há aulas para aprender a se dar bem com a sogra, a combinar cores e estilos nas roupas, a se pentear para destacar melhor o rosto, a se maquiar e até a cozinhar.

A maioria das alunas é de classe média, mas há também estrangeiras de origem chinesa, muitas enviadas por seus pais para fazer um curso intensivo antes de retornar ao seu país natal.

Pesquisas recentes indicam que a mulher chinesa atualmente dá muita importância à riqueza material do futuro marido e os homens que não dispõem de automóvel e casa própria têm dificuldade de encontrar uma companheira.

Muitos internautas afirmam nas redes sociais chinesas que além da tendência crescente entre as jovens de almejar um marido rico, um curso que as ensina como conseguir esse tipo de pretendente "prejudica a moral social".

No entanto, na opinião de Liu Feng Qing, especialista do "Centro Psicológico de Pequim Hong Fong", melhorar o bem-estar mental da mulher sempre é válido.

No entanto, embora os títulos das matérias do Instituto foquem-se nas demandas psicológicas das mulheres, "prepará-las psicologicamente para objetivos materialistas pode originar consequências negativas", declarou Liu.

"O verdadeiro casamento depende do amor, não dos recursos materiais", concluiu a psicóloga chinesa.

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