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Conheça o império gastronômico criado por neto de 27 anos de Abílio Diniz

Mente por trás do japonês Kitchin e outros restaurantes de alto padrão, jovem empresário terá expansão para RJ e Estados Unidos

Gabriel Abrão, do Grupo Attivo: "Sempre tive na veia essa vontade de criar meu próprio negócio" (Grupo Attivo/Divulgação)
GA

Gabriel Aguiar

Publicado em 1 de outubro de 2022 às 13h48.

Última atualização em 2 de outubro de 2022 às 10h23.

Não há dúvidas de que o Kitchin é um dos restaurantes mais requisitados de São Paulo – ainda mais porque está no centro financeiro de São Paulo. E a fórmula desse luxuoso japonês deu tão certo que se tornou um grupo de cinco marcas e que, ainda neste ano, chegará ao Shopping Leblon, no Rio de Janeiro. O que os clientes talvez não imaginem é que, por trás dessa empreitada está Gabriel Abrão, um jovem de 27 anos que empreendeu logo após a faculdade (e é neto de Abílio Diniz).

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“Pode até parecer que tive algum benefício por conta da família, mas eu nunca envolvi meu avô em nada dos negócios. Sempre tratei isso com muita discrição e tentando preservar para não me expor. Eu penso no interesse dos negócios”, diz o empresário, que inaugurou o Kitchin em 2016, logo depois de terminar a faculdade de administração. Também fizeram parte dessa primeira fase outros sócios operacionais que trabalhavam no badalado Nagayama, considerado um dos favoritos do próprio Gabriel.

Kitchin no bairro do Itaim Bibi marcou o início dos negócios (Grupo Attivo/Divulgação)

Os planos do jovem eram ambiciosos: criar uma experiência de alto padrão que se destacasse. Para isso, percebeu que o segredo estava nos detalhes: desde o treinamento dos funcionários à acústica do ambiente. “Na segunda semana, a gente já tinha fila de espera na porta. E até aumentamos com mesas do lado de fora. Foi uma surpresa que tenha ‘bombado’ tão rápido e ganhamos visibilidade”, diz. Não é surpresa que, depois desse começo, surgiram ideias para a segunda unidade.

Nesse projeto de expansão com capital próprio – e já sozinho na sociedade –, Gabriel Abrão diz ter recebido propostas de diferentes shoppings da cidade. “Eu tinha receio do movimento, ainda mais durante o jantar”, diz. No fim das contas, decidiu pelo JK Iguatemi, que é considerado um dos mais luxuosos da cidade, apenas um ano e meio depois do “original”. “Nós tomamos cuidados para ter a experiência de rua, como a fachada de vidro para fora, para não parecer enclausurado”.

Restaurante Su será foco para expansão do grupo no Brasil nos próximos anos (Grupo Attivo/Divulgação)

De lá para cá, o negócio só cresceu: deu origem ao Su, no Shopping Pátio Higienópolis, inaugurado em 2019 como marca de expansão do recém-criado Grupo Attivo. Mas o principal desafio veio oito meses depois, quando começou a pandemia no país. “Por um lado, aquele momento serviu para a gente se estruturar. Criamos umadark kitchenpara conseguir atender todos os pedidos, porque já não dava para suprir odeliverycom os restaurantes, e criamos uma plataforma própria”.

Para ter ideia da importância das entregas para o Grupo Attivo, mesmo agora, meses depois do fim dolockdown, essa frente representa 20% do faturamento. “Foi praticamente um business novo que começou por conta da pandemia, mas que veio para ficar”, afirma o empresário. Prova disso é que, no começo deste ano, foi inaugurada a segunda dark kitchen no bairro da Barra Funda para atender pedidos da zona oeste de São Paulo – que funciona tanto para o Kitchin como para o Su.

Gioia é a proposta do grupo para piano bar (Grupo Attivo/Divulgação)

E, nos últimos dois anos, ainda surgiram novas marcas: o Aima foi criado em 2020 como alternativa (ainda) mais luxuosa no Shopping Iguatemi; enquanto 2022 confirmou a expansão para outros tipos de empreendimento, com o piano bar Gioia, no bairro paulistano dos Jardins, e o italiano La Serena no JK Iguatemi. Mais que isso, Gabriel Abrão prepara a inauguração do primeiro negócio fora de São Paulo para os próximos meses, com o novo Kitchin do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro.

“Nós teremos uma localização privilegiada no piso principal e, para a gente, faz muito sentido estar dentro do shopping. Primeiro, porque existe a comodidade de estacionamento e segurança para os clientes; segundo, do próprio ponto de vista do negócio, porque não faz sentido o shopping colocar concorrentes se a gente operar bem. Pelo que estudamos ao longo de um ano, existe esse gap para uma experiência de alto padrão e uma marca consolidada como a nossa”, diz o empresário.

Restaurante La Serena aposta em gastronomia italiana (Grupo Attivo/Divulgação)

Mas os projetos não pararam, porque o jovem prepara a inauguração de um novo restaurante nos Estados Unidos para 2023 – e, pela primeira vez, com a participação de investidores externos. Essa nova unidade terá marca própria e será inaugurada na cidade de Coral Gables, na Flórida, perto de um recém-inaugurado Fogo de Chão. E, ainda que falte praticamente um ano até abrir as portas, o plano já está definido: esse deverá ser o início de uma expansão para mais cinco unidades.

“Fizemos muitas pesquisas para entender o que deu errado com outros restaurantes de brasileiros que inauguraram por lá e percebemos que levar a proposta de Brasil não funcionaria. Nós também percebemos que a localização é muito importante e esse foi um dos maiores desafios. Traçamos os planos para resolver todos os problemas que vimos do passado e, por isso, criamos um conceito de restaurante japonês pensado para os moradores daquela região”, explica o empresário.

Restaurante Aima tem posicionamento ainda mais luxuoso no grupo (Grupo Attivo/Divulgação)

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