Av. Faria Lima esquina com a Av. Jucelino Kubitschek: um dos pontos mais congestionados da cidade de São Paulo (Germano Lüders/Exame)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 13 de dezembro de 2023 às 12h08.
Última atualização em 13 de dezembro de 2023 às 13h19.
Quem anda diariamente pela Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, está acostumado ao trânsito parado nos dois sentidos em praticamente toda a hora do dia. Às terças, quartas e quintas a situação se agrava ainda mais por conta da política de trabalho híbrido de três dias adotado por boa parte das empresas instaladas ao longo da via. Mas nos últimos meses o congestionamento chegou também até a ciclovia que fica no meio da avenida.
Entre outubro e dezembro (até o dia 12) deste ano, houve um aumento de 17% na circulação de bicicletas na Faria Lima se comparado com o mesmo período do ano passado. Se olhar apenas os 12 primeiros dias de dezembro o aumento foi de 25%. Os números são da CET e foram obtidos pela rádio CBN e divulgados nesta quarta-feira, 13.
Mesmo que haja o congestionamento de bicicletas, o meio de transporte ainda é mais rápido que o carro. Em uma pesquisa feita pela Tembici, empresa que opera as bikes de aluguel na cidade de São Paulo, mostrou que trajetos mais longos, de 9 a 10 quilômetros de carro duram em média 21 minutos, e quando feitos com bicicleta elétrica foram realizados em 7 minutos, uma redução de 66% no tempo.
A análise foi feita considerando viagens em horário de pico em 2023 em São Paulo e no Rio de Janeiro. A amostra considerou 40 mil viagens. Outro dado mostrou que os deslocamentos de bike elétrica, em 2023, são em média 42% mais longos e 33% mais rápidos, se comparados à bike comum, nas duas capitais.
E se as bicicletas fazem sucesso no Condado, os patinetes não tiveram o mesmo fim. Em novembro deste ano a empresa de micromobilidade Grow, dona de vários dos patins elétricos que eram vistos pelas capitais brasileiras no final dos anos 2010, teve a falência decretada pela Justiça.
Depois de frisson inicial, o modelo de negócios se mostrou inviável para a empresa principalmente por conta dos altos custos da operação. A principal diferença do modelo que hoje existe na cidade de São Paulo com o aluguel de bicicletas é que o da Grow não tinha um ponto fixo para deixar os patinetes ou as bikes.