Compra de bebidas alcóolicas por britânicos confinados é recorde
Alguns especialistas atribuem o aumento ao chamado “consumo de conforto”
Guilherme Dearo
Publicado em 24 de abril de 2020 às 09h40.
Última atualização em 24 de abril de 2020 às 09h41.
Números oficiais divulgados na sexta-feira confirmaram o que muitos britânicos já sabiam há semanas: o confinamento pode impedi-los de ir aos bares, mas não de beber.
Lojas de bebidas alcoólicas , um dos poucos setores de varejo autorizados a permanecer abertos sob as rígidas regras de distanciamento social, registraram aumento das vendas de quase 30% em março, o maior ganho mensal desde que os dados começaram a ser coletados em 1988. O número não inclui supermercados, onde a grande maioria das bebidas alcoólicas é comprada.
Alguns especialistas atribuem o aumento ao chamado “consumo de conforto” em um país onde as liberdades civis foram drasticamente reduzidas na tentativa de impedir a propagação do coronavírus. Com rotinas diárias alteradas e trabalho em casa, ou a falta dele em muitos casos, a necessidade de dirigir diminui, eliminando a preocupação de não exagerar.
Em um mês difícil para varejistas britânicos, lojas de alimentos foram exceção, com alta de mais de 10% das vendas. O movimento aumentou no início do mês, já que consumidores estocaram produtos preocupados com a escassez de itens básicos, enquanto o Reino Unido se preparava para o confinamento.