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Com proposta de padronização de suas seleções, CBF aguarda "sim" de Tite

Proposta inclui mapeamento completo de garotos desde os 12 anos de idade, num esforço para identificar futuros jogadores para a seleção principal

Tite: A proposta representa parte da oficialização da ideia da CBF de manter Tite no comando da seleção (Maxim Shemetov/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de julho de 2018 às 16h40.

Última atualização em 7 de julho de 2018 às 16h43.

Moscou e Kazan - A CBF quer que Tite lidere um amplo plano para tentar revolucionar a gestão do futebol brasileiro, com uma proposta que incluirá um mapeamento completo de garotos desde os 12 anos de idade, num esforço para identificar futuros jogadores para a seleção principal.

A proposta fez parte de uma conversa entre Rogério Caboclo, presidente eleito da CBF, e o treinador. O cartola assume em 2019 e quer criar um plano de médio e longo prazo para restabelecer a competitividade da seleção. A meta é, ainda, não depender de um só jogador.

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Na proposta, a CBF também considera uma coerência no trabalho dos diferentes times de base, garantindo que um "estilo" de jogo seja implementado. O modelo é parecido ao que existe no Barcelona, em que os jogadores já chegam à equipe principal conhecendo a filosofia de jogo.

A proposta representa parte da oficialização da ideia da CBF de manter Tite no comando da seleção, conforme o Estado havia revelado na madrugada de sábado, horas depois da eliminação do Brasil da Copa do Mundo da Rússia, ocorrida na sexta-feira, em Kazan, com uma derrota por 2 a 1 para a Bélgica.

Tite, extremamente abatido, disse, na entrevista coletiva após o confronto, que aquele não era o momento para falar se pretendia ou não seguir no comando da seleção. Mas depois se reuniu com Caboclo na madrugada de sábado e o encontro foi considerado como uma maneira que o cartola encontrou para levantar o moral do treinador. O dirigente entendeu que Tite havia feito um "trabalho excelente" e que a ideia seria de manter o mesmo caminho.

Entre os membros da CBF, o silêncio de Tite por enquanto foi interpretado como um sinal de que ele ainda quer conversar com seu agente, ao retornar ao Brasil. O comandante também indicou que não teria como garantir que todos os membros de sua comissão técnica ficariam no grupo. Mas admitiu que tampouco saberia dizer naquele momento quem estaria disposto a ficar ou não.

Assumindo a presidência da CBF em 2019, Caboclo sabe que terá em mãos uma entidade em crise e que precisa resgatar a credibilidade do futebol brasileiro. Mas a ideia é de que isso apenas conseguirá ser feito num plano de longo prazo. O novo dirigente será o presidente da CBF até 2022 e, se reeleito, poderia ficar ainda até a Copa de 2026.

Uma oposição, porém, começou a ser formar nos últimos dias, usando a crise causada em Moscou pelo presidente em exercício da entidade, o coronel Antonio Nunes.

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