Yashin é considerado um dos melhores goleiros de todos os tempos (Rusty Jarrett/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2012 às 23h47.
Bogotá - Passou meio século, e a Colômbia lembra como se fosse ontem sua primeira participação em uma Copa do Mundo, no Chile, em 1962, e especialmente a de um de seus protagonistas, o ex-jogador Marcos Coll, que marcou o único gol olímpico registrado na história dos Mundiais.
Em 3 de junho daquele ano, a seleção colombiana empatou em 4 a 4 com a União Soviética, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa. Os sul-americanos, comandados pelo técnico argentino Adolfo Pedernera, perdiam por 4 a 1 quando tiveram um escanteio para cobrar.
'Na seleção dessa época, o mestre Pedernera tinha designado diferentes jogadores para diferentes cobranças nas bolas paradas. Tudo estava estipulado e organizado, e para bênção de Deus coube a mim cobrar o escanteio', lembrou Coll nesta quinta-feira em entrevista à Agência Efe.
'A cobrança foi feita pelo lado esquerdo, com a perna direita, com efeito e tudo, e o jogador que estava defendendo o primeiro pau se afastou quando viu que a bola vinha em cima dela, e ela quicou, pegou efeito e entrou no gol russo Lev Yashin', relatou o ex-jogador.
Para o colombiano, a jogada é histórica não só por ter sido o único gol olímpico em Copas do Mundo, mas também porque Yashin é considerado um dos melhores goleiros de todos os tempos.
'O melhor era que Yashin era visto naquele momento como o melhor goleiro do mundo. Nas quando as coisas devem acontecer, Deus as realiza', acrescentou Coll, que admitiu que sua intenção não era mandar a bola diretamente para o gol.
'A verdade é que não era a minha intenção cobrar o escanteio para fazer o gol olímpico. O que acontece, e digo isso sem vaidade alguma, é que eu sabia muito bem colocar efeito na bola', recordou.
Por fim, Coll disse que vê com bons olhos a seleção colombiana atual, comandada por outro argentino, José Pekerman, e que tem jogadores de destaque no cenário mundial, como o meio campista James Rodríguez, do Porto, e o atacante Falcao García, do Atlético de Madri.
'Com esta Colômbia atual, estou muito otimista, vejo grandes jogadores, com grande qualidade, embora nas Eliminatórias possa acontecer qualquer coisa. O importante é que eles façam valer suas qualidades, que tenham confiança neles mesmos, sem se importarem com o adversário', comentou.