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Clube berço do punk voltará a fazer barulho em Nova York

Após seis anos em que a sigla CBGB só era vista em camisetas de algum saudosista, sete fãs do punk se uniram para comprar os direitos do lendário pub

Talking Heads, Ramones, Sonic Youth e Blondie são apenas algumas das bandas que passaram pela casa (Getty Images/Teresa Lee)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2012 às 22h02.

Nova York - O desaparecido clube CBGB, que se tornou o templo do punk ao receber shows dos Ramones e Patti Smith, voltará a fazer barulho em Nova York graças a um grande festival que ocorrerá em julho e poderá até voltar a funcionar em um novo local.

Após seis anos em que a sigla CBGB (''Country, Bluegrass e Blues'') só era vista em camisetas de algum saudosista, sete fãs do punk se uniram para comprar os direitos do lendário pub e ressuscitar seu espírito das cinzas.

''Eu ia ao CBGB o tempo todo, adorava, ele representava uma parte de Nova York que já quase não existe, era enérgico, amplo, ruidoso, suarento... Sinto saudades dessa parte da cidade (Lower East Side)'', disse à Agência Efe um dos novos proprietários do clube, Tim Hayes.

Este nova-iorquino viveu em Lower East Side durante os anos 80, época em que bairro era frequentado por artistas e boêmios mas também uma zona perigosa, que nem todo mundo se atrevia a percorrer. Heyes ia ao CBGB quando o clube se tornou na Meca da música rebelde.

Apesar do local ter nascido para tocar os ritmos de sua sigla, com o tempo a casa se tornou no berço do punk. Foi no CBGB que tocaram pela primeira vez lendas como Ramones e Patti Smith. Também subiram no palco do clube grupos como Blondie, Talking Heads e Sonic Youth.

Durante quase três décadas, esse lugar escuro, cheio de grafites e com um forte cheiro de cerveja, foi povoado por casacos de couro e por lá passaram personalidades como Andy Warhol e Lou Reed. Uma intensa disputa com os proprietários do prédio onde o clube ficava fez com que em 2006 ele fechasse suas portas.


Desta vez, seus novos proprietários estão tentando comprar um prédio inteiro para não caírem na ''armadilha'' que fez o local original desaparecer.

Enquanto ainda não encontraram um lugar para reabrir o clube, eles irão ressuscitar o espírito do CBGB com um festival com o mesmo nome que levará para Nova York mais de 300 grupos, que tocarão em 20 salas por toda a cidade.

O evento contará com a participação de David Johansen, ex-integrante do New York Dolls, mas o objetivo será revelar novos talentos, exatamente como ocorria no clube original.

Outras atrações do festival anual, que acontecerá entre os dias 5 e 8 de julho, serão a exibição de filmes sobre a história do rock, conferências com veteranos da indústria fonográfica e uma festa em homenagem às bebidas alcoólicas.

Os novos proprietários do CBGB, que Hayes descreveu para a Efe como ''um grupo de fanáticos pelo punk que vão juntos a shows e saem para beber por aí'', compraram os direitos do clube da filha do fundador do bar, Lisa Kristal.

''Lisa estava buscando o comprador adequado, queria se assegurar que o clube não ia terminar nas mãos de uma grande companhia, queria gente dedicada a Nova York, à nova música e à ideia de continuar a tradição original'', contou Hayes.

O bar, os espelhos, a iluminação, as mesas e o sistema de som são agora propriedade destes sete investidores, mas o novo espaço só incorporará algumas dessas peças, porque eles não querem ''imitar'' o local original, mas criar um novo clube inspirado nele.

Com a passagem do tempo, Lower East Side foi mudando e pouca coisa ficou do ambiente que reinava no bairro quando o CBGB abriu suas portas em 1973, mas isso não desanima os novos donos do clube.

''Não acho que com apenas um clube seja possível recuperar nada, mas esperamos ser um local que traga um pouco mais de emoção a Manhattan. O que definitivamente poderemos fazer é muito barulho'', disse Hayes.

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Nova York - O desaparecido clube CBGB, que se tornou o templo do punk ao receber shows dos Ramones e Patti Smith, voltará a fazer barulho em Nova York graças a um grande festival que ocorrerá em julho e poderá até voltar a funcionar em um novo local.

Após seis anos em que a sigla CBGB (''Country, Bluegrass e Blues'') só era vista em camisetas de algum saudosista, sete fãs do punk se uniram para comprar os direitos do lendário pub e ressuscitar seu espírito das cinzas.

''Eu ia ao CBGB o tempo todo, adorava, ele representava uma parte de Nova York que já quase não existe, era enérgico, amplo, ruidoso, suarento... Sinto saudades dessa parte da cidade (Lower East Side)'', disse à Agência Efe um dos novos proprietários do clube, Tim Hayes.

Este nova-iorquino viveu em Lower East Side durante os anos 80, época em que bairro era frequentado por artistas e boêmios mas também uma zona perigosa, que nem todo mundo se atrevia a percorrer. Heyes ia ao CBGB quando o clube se tornou na Meca da música rebelde.

Apesar do local ter nascido para tocar os ritmos de sua sigla, com o tempo a casa se tornou no berço do punk. Foi no CBGB que tocaram pela primeira vez lendas como Ramones e Patti Smith. Também subiram no palco do clube grupos como Blondie, Talking Heads e Sonic Youth.

Durante quase três décadas, esse lugar escuro, cheio de grafites e com um forte cheiro de cerveja, foi povoado por casacos de couro e por lá passaram personalidades como Andy Warhol e Lou Reed. Uma intensa disputa com os proprietários do prédio onde o clube ficava fez com que em 2006 ele fechasse suas portas.


Desta vez, seus novos proprietários estão tentando comprar um prédio inteiro para não caírem na ''armadilha'' que fez o local original desaparecer.

Enquanto ainda não encontraram um lugar para reabrir o clube, eles irão ressuscitar o espírito do CBGB com um festival com o mesmo nome que levará para Nova York mais de 300 grupos, que tocarão em 20 salas por toda a cidade.

O evento contará com a participação de David Johansen, ex-integrante do New York Dolls, mas o objetivo será revelar novos talentos, exatamente como ocorria no clube original.

Outras atrações do festival anual, que acontecerá entre os dias 5 e 8 de julho, serão a exibição de filmes sobre a história do rock, conferências com veteranos da indústria fonográfica e uma festa em homenagem às bebidas alcoólicas.

Os novos proprietários do CBGB, que Hayes descreveu para a Efe como ''um grupo de fanáticos pelo punk que vão juntos a shows e saem para beber por aí'', compraram os direitos do clube da filha do fundador do bar, Lisa Kristal.

''Lisa estava buscando o comprador adequado, queria se assegurar que o clube não ia terminar nas mãos de uma grande companhia, queria gente dedicada a Nova York, à nova música e à ideia de continuar a tradição original'', contou Hayes.

O bar, os espelhos, a iluminação, as mesas e o sistema de som são agora propriedade destes sete investidores, mas o novo espaço só incorporará algumas dessas peças, porque eles não querem ''imitar'' o local original, mas criar um novo clube inspirado nele.

Com a passagem do tempo, Lower East Side foi mudando e pouca coisa ficou do ambiente que reinava no bairro quando o CBGB abriu suas portas em 1973, mas isso não desanima os novos donos do clube.

''Não acho que com apenas um clube seja possível recuperar nada, mas esperamos ser um local que traga um pouco mais de emoção a Manhattan. O que definitivamente poderemos fazer é muito barulho'', disse Hayes.

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