Cirque du Soleil aos 30: "O show é a estrela"
Diretor artístico de "Quidam", Luc Ouellette, falou sobre sua experiência como dançarino do grupo
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 15h43.
Londres - Um homem que equilibra a nuca de sua parceira em sua nuca, com o corpo dela esticado para o ar, resume os feitos humanos incríveis que o Cirque du Soleil apresenta em show de abertura do seu trigésimo ano em Londres.
Também participa da produção de 1996 "Quidam", que será exibida em uma turnê de um mês, uma mulher que mergulha das alturas do Royal Albert Hall enroscada em uma seda escarlate que a impede de cair pouco antes de um choque com o chão.
Pouco depois, artistas em cordas giram em velocidades estonteantes e um malabarista aparenta não saber que manter meia dúzia ou mais de bolas no ar ao mesmo tempo deve ser impossível.
Fundando em 1984 por artistas de rua de Quebec, província francesa do Canadá, o Cirque tem se tornado uma das exportações mais famosas do país. As turnês percorrem o mundo e as versões de palco são executadas todas as noites em Las Vegas e outros locais.
"Eu acho que é um cartão maravilhoso para dar a todos em todo o mundo. O Cirque du Soleil, para o Quebec, é um tremendo sucesso", disse à Reuters em entrevista o diretor artístico de "Quidam", Luc Ouellette.
Confira o que mais ele tem a dizer sobre a fórmula do Cirque, sua experiência como dançarino e por que as produções não utilizam animais.
- Há diversos circos, mas apenas um Cique du Soleil. O que o faz funcionar?
Luc Ouellette - Eu acho que o Cirque chegou com uma abordagem diferente, sem animais, mas também passamos a olhar para a maquiagem, os figurinos, a iluminação. O show inteiro é criado com atenção a cada detalhe.
Eu acho que o Cirque é um espetáculo de circo detalhado e com produções bem diferentes umas das outras, então cada vez é uma verdadeira surpresa quando as pessoas vêem um show diferente do Cirque. É uma questão de detalhes. O que faz o Cirque tão grande é que nós voltamos a nossa atenção a todos os aspectos.
- Falando em não ter animais, por que vocês não apresentam absolutamente nenhum animal?
Luc Ouellette - Bom, eu acho que é mais fácil de viajar e um estilo de vida diferente em não ter animais. Eu não venho de um contexto circense, então eu não sei muitas coisas sobre os tradicionais circos com animais e aquelas caravanas, mas eu acho que o Cirque queria realmente se concentrar no show e não em ter estrelas. O show é a estrela.
- A sua experiência é de dança contemporânea. Como isso se encaixa na vida de circo?
Luc Ouellette - Eu dancei por 15 anos mas eu também patinei por 15 anos em um nível profissional muito alto, então há aprendizados que posso trazer... Muitos dos artistas vêm dos esportes, então de uma maneira eu estou tentando achar uma linguagem para alguns deles.
Também eu não sou mais jovem (53 anos) e vivi algumas coisas e esses jovens muitas vezes precisam de uma figura paterna, porque estamos em turnê e não é fácil. Eles estão longe de suas famílias e de vez em quando precisam de um confidente, alguém com quem possam conversar. Então eu os ajudo a crescer como artistas, mas também como seres humanos.
Londres - Um homem que equilibra a nuca de sua parceira em sua nuca, com o corpo dela esticado para o ar, resume os feitos humanos incríveis que o Cirque du Soleil apresenta em show de abertura do seu trigésimo ano em Londres.
Também participa da produção de 1996 "Quidam", que será exibida em uma turnê de um mês, uma mulher que mergulha das alturas do Royal Albert Hall enroscada em uma seda escarlate que a impede de cair pouco antes de um choque com o chão.
Pouco depois, artistas em cordas giram em velocidades estonteantes e um malabarista aparenta não saber que manter meia dúzia ou mais de bolas no ar ao mesmo tempo deve ser impossível.
Fundando em 1984 por artistas de rua de Quebec, província francesa do Canadá, o Cirque tem se tornado uma das exportações mais famosas do país. As turnês percorrem o mundo e as versões de palco são executadas todas as noites em Las Vegas e outros locais.
"Eu acho que é um cartão maravilhoso para dar a todos em todo o mundo. O Cirque du Soleil, para o Quebec, é um tremendo sucesso", disse à Reuters em entrevista o diretor artístico de "Quidam", Luc Ouellette.
Confira o que mais ele tem a dizer sobre a fórmula do Cirque, sua experiência como dançarino e por que as produções não utilizam animais.
- Há diversos circos, mas apenas um Cique du Soleil. O que o faz funcionar?
Luc Ouellette - Eu acho que o Cirque chegou com uma abordagem diferente, sem animais, mas também passamos a olhar para a maquiagem, os figurinos, a iluminação. O show inteiro é criado com atenção a cada detalhe.
Eu acho que o Cirque é um espetáculo de circo detalhado e com produções bem diferentes umas das outras, então cada vez é uma verdadeira surpresa quando as pessoas vêem um show diferente do Cirque. É uma questão de detalhes. O que faz o Cirque tão grande é que nós voltamos a nossa atenção a todos os aspectos.
- Falando em não ter animais, por que vocês não apresentam absolutamente nenhum animal?
Luc Ouellette - Bom, eu acho que é mais fácil de viajar e um estilo de vida diferente em não ter animais. Eu não venho de um contexto circense, então eu não sei muitas coisas sobre os tradicionais circos com animais e aquelas caravanas, mas eu acho que o Cirque queria realmente se concentrar no show e não em ter estrelas. O show é a estrela.
- A sua experiência é de dança contemporânea. Como isso se encaixa na vida de circo?
Luc Ouellette - Eu dancei por 15 anos mas eu também patinei por 15 anos em um nível profissional muito alto, então há aprendizados que posso trazer... Muitos dos artistas vêm dos esportes, então de uma maneira eu estou tentando achar uma linguagem para alguns deles.
Também eu não sou mais jovem (53 anos) e vivi algumas coisas e esses jovens muitas vezes precisam de uma figura paterna, porque estamos em turnê e não é fácil. Eles estão longe de suas famílias e de vez em quando precisam de um confidente, alguém com quem possam conversar. Então eu os ajudo a crescer como artistas, mas também como seres humanos.