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Cientistas usam técnicas criminalísticas para achar Banksy

A partir desses dados, os cientistas são capazes de comparar com os hábitos da lista de suspeitos, e consequentemente diminuí-la


	Homem coloca tapume para cobrir grafite de Banksy: apesar de suas obras serem vistas desde o começo dos anos 2000, ninguém sabe a identidade do artista
 (Stefan Wermuth / Reuters)

Homem coloca tapume para cobrir grafite de Banksy: apesar de suas obras serem vistas desde o começo dos anos 2000, ninguém sabe a identidade do artista (Stefan Wermuth / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2016 às 11h21.

Banksy é, provavelmente, o mais famoso grafiteiro da atualidade. Ironicamente, ele também é um dos mais misteriosos.

Apesar de suas obras serem vistas desde o começo dos anos 2000, ninguém sabe a identidade do artista.

Agora, cientistas da londrina Universidade Queen Mary usaram procedimentos criminológicos para identificar o grafiteiro.

A técnica usada é conhecida como Processo Dirichlet, onde mapeiam atividades de determinado indivíduo para encontrar os pontos onde a pessoa mais age. É o que chamam de "perfil geográfico".

A partir desses dados, os cientistas são capazes de comparar com os hábitos da lista de suspeitos, e consequentemente diminuí-la.

O procedimento é comumente usado para traçar o comportamente de serial killers.

O estudo confrontou os dados levantados com o maior suspeito de ser Banksy: o britânico Robin Gunningham.

O homem foi apontado como possível identidade de do artista em 2008, em um artigo publicado no jornal britânico The Mail on Sunday.

Desde então, a assessoria de Banksy nunca se pronunciou se ele é de fato o grafiteiro.  

Entretanto, se depender dos cientistas envolvidos na pesquisa, a confirmação nem mais tão necessária assim, os dados bateram e Gunningham se mostrou como a identidade mais possível.

"No começo eu pensei que selecionaria os 10 maiores suspeitos e avaliaria cada um (ocultando seus nomes), mas rapidamente ficou claro que só havia um suspeito real", afirmou à BBC britânica o biólogo da Universidade Queen Mary, Steve Le Comber, um dos responsáveis pela pesquisa.

"Se você colocar no Google 'Banksy e Gunningham', você consegue cerca de 43.500 resultados. Eu ficaria surpreso se ele não fosse o Banksy, mesmo sem nossa análise, mas é interessante que a pesquisa apresenta um reforço para essa ideia", conclui.

Os envolvidos afirmam que, na verdade, a ideia por trás da pesquisa é mostrar que o Processo Dirichlet pode ser usado com mais frequência.

Os cientistas acreditam que a técnica pode ter utilidade, por exemplo, para que se encontre pessoas que cometem pequenos delitos antes que elas façam parte algum crime mais sério.

Ainda de acordo com a BBC, a assessoria de Banksy tentou impedir - por meio de seus advogados - que o estudo fosse levado à público. O periódioco Journal of Spatial Science, no entanto, publicou a pesquisa na última semana.

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