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China projeta número menor de medalhas na Rio 2016

Até agora os atletas chineses não conseguiram defender suas medalhas de ouro em algumas das provas em que são mais fortes


	China: até agora os atletas chineses não conseguiram defender suas medalhas de ouro em algumas das provas em que são mais fortes
 (Alkis Konstantinidis / Reuters)

China: até agora os atletas chineses não conseguiram defender suas medalhas de ouro em algumas das provas em que são mais fortes (Alkis Konstantinidis / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2016 às 12h21.

Rio de Janeiro - As derrotas em esportes que a China dominou em Olimpíadas anteriores colocaram o país em uma nada familiar terceira colocação no quadro de medalhas dos Jogos do Rio, e alguns preveem que o evento sediado na capital fluminense pode testemunhar seu pior desempenho em duas décadas.

Até agora os atletas chineses não conseguiram defender suas medalhas de ouro em algumas das provas em que são mais fortes, que vão do badminton ao salto ornamental, o que deixou o país atrás dos Estados Unidos (28 ouros) e do Reino Unido (19 ouros) após 11 dias de competição.

"É brincadeira? O país que nunca terminou acima da China está prestes a fazê-lo", disse a agência estatal de notícias Xinhua em sua conta de Twitter oficial em inglês na segunda-feira, ao lado de uma imagem do quadro de medalhas. O tuíte foi apagado desde então.

O Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista chinês, expressou uma decepção em especial com a atuação dos ginastas, que só conquistaram duas medalhas de bronze.

"As pessoas só podem se perguntar – o que está acontecendo com eles afinal?", escreveu.

Até o final das provas de terça-feira, a delegação havia acumulado 51 medalhas – 17 ouros, 15 pratas e 19 bronzes – e parecia altamente improvável que chegue perto dos 38 ouros que a China colheu em Londres quatro anos atrás.

"Como as oportunidades de ouro da China estão concentradas na primeira metade, será difícil para a China conquistar mais do que 25 ouros na Olimpíada deste ano, o número mais baixo das cinco últimas Olimpíadas", disse o China News Service no domingo.

A China, que enviou sua maior delegação ao exterior este ano – 416 atletas – obteve 16 ouros em 1996 e 28 em 2000. A nação asiática tem ficado em segundo lugar desde 2004 e se vangloria de uma safra de 51 ouros em 2008, a maior cifra de sua história, quando sediou os Jogos de Pequim.

A decepção no Rio começou logo. No primeiro dia, os ex-campeões olímpicos de tiro esportivo Du Li e Yi Siling só ficaram com a prata e o bronze, e o nadador Sun Yang chegou em segundo nos 400 metros estilo livre e não se classificou para a final dos 1.500m livre – ele havia vencido as duas provas em 2012.

No salto ornamental sincronizado masculino de três metros no trampolim, o Reino Unido encerrou o reinado de oito anos dos chineses, que levaram o bronze.

No badminton, os formidáveis pares de duplas mistas e de duplas femininas da China, estas as segundas do ranking, foram eliminados.      

Antes da Rio 2016, as principais autoridades esportivas do país haviam alertado que a delegação estava enfrentando uma série de fatores desafiadores, como a falta de familiaridade com a América do Sul, as mudanças de regras em alguns esportes e o "dividendo cada vez menor" dos Jogos de 2008.

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