Casual

Chile busca primeiro Oscar com filme sobre queda de Pinochet

O filme "No" trata da campanha contra a permanência do ditador no poder do país


	Gael García Bernal, que interpreta René Saavedra em "No"
 (Reprodução)

Gael García Bernal, que interpreta René Saavedra em "No" (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 16h46.

Madri - O Chile almeja este ano conquistar pela primeira vez um Oscar, e o faz com uma história pouca conhecida sobre a queda do ditador Augusto Pinochet, "No", que foi apresentada nesta quinta-feira em Madri por seu diretor, Pablo Larraín, e o ator mexicano Gael García Bernal.

Ambientada em 1988, "No" narra a campanha contra a permanência de Pinochet no poder no Chile antes do referendo convocado pelo regime com o objetivo de legitimar essa permanência em nível internacional. A consulta popular, que acabou com a derrota inesperada do ditador, abriu o caminho para a democracia.

"Há uma competição muito dura, com filmes muito bons, mas ao mesmo tempo é uma categoria extremamente imprevisível", disse Larraín sobre as opções de seu filme no Oscar. "A primeira grande notícia é que a indicação permite que mais gente conheça o filme".

Na cerimônia de gala de 24 de fevereiro, "No" competirá com o drama "Amor", do austríaco Michael Haneke; o norueguês "Kon-Tiki", de Joachim Ronning; o filme histórico dinamarquês "Um assunto real", de Nikolaj Arcel, e a fita canadense ambientada na África "War Witch", do diretor Kim Nguyen.

O filme chileno tem no elenco García Bernal, que ganhou fama depois de aparecer em filmes como "Amores Brutos" e "Diários de Motocicleta", e que aqui interpreta o papel fictício de René Saavedra, diretor da campanha publicitária a favor do "Não" no referendo.

"Partimos de um personagem cinza, pouco definido, porque a natureza humana é assim", disse o ator sobre seu personagem, que apostou em uma campanha política alegre e positiva, longe da vitimização.

"Tinha que dar um salto quantitativo para mudar a emoção de um país, o sentimento de desesperança por um otimista. E esse foi o triunfo contundente frente ao qual Pinochet não podia argumentar se não com mais ódio", acrescentou Bernal, de 34 anos.

Larraín, por sua vez, descreveu como "privilégio" e "grande aprendizagem" ter podido contar com o mexicano.

"Pensamos em Gael mesmo antes de ter uma primeira versão do roteiro", declarou.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArteChileCinemaEntretenimentoOscar

Mais de Casual

Os espumantes brasileiros que se destacaram em concursos internacionais em 2024

Para onde os mais ricos do mundo viajam nas férias de fim de ano? Veja os destinos favoritos

25 restaurantes que funcionam entre o Natal e o Ano Novo em São Paulo

Boa Vista Surf Lodge, da JHSF, chega ao mercado hoteleiro de luxo