Chega ao Brasil novo álbum de Jay-Z e Kanye West
A gravação foi feita numa operação de segurança máxima. Nenhuma faixa caiu na internet antes do tempo. Os rappers queriam que o trabalho fosse ouvido como um todo
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2012 às 15h13.
São Paulo - Quando a revolução do rap em 2011 parecia vir de um grupo alternativo formado por garotos arruaceiros e de versos afiados, o Odd Future Wolf Gang Kill Them All (abreviado como OFWGKTA, ou Odd Future), dois dos mais importantes produtores e músicos da música black americana resolveram se unir e garantir o reinado de volta. Jay-Z e Kanye West, juntos, lançaram o explosivo "Watch The Throne", disco que chegou na semana passada nas lojas do país.
O disco é pomposo já na sua arte da capa, toda dourada, uma criação do designer italiano Riccardo Tisci, diretor criativo da marca Givenchy. E chega com os dois rappers tinindo. Há tempos os dois já ditam as cartas no mundo pop - desde que o rap deixou de ser propriedade das ruas e ganhou as rádios populares do mundo todo. Jay-Z, marido da estrela do R&B e dos rebolados Beyoncé, está sob os holofotes há, pelo menos, dez anos, quando lançou "The Blueprint". E Kanye West começou a ganhar seu espaço justamente neste álbum do parceiro, assinando como produtor.
A evolução de West, nestes anos, levou-o até o ápice, no ano passado, com o lançamento do excelente "My Beautiful Dark Twisted Fantasy". Jay-Z, obviamente não tinha ficado para trás. Um ano antes, em 2009, apresentou o também elogiado "The Blueprint 3". Ou seja, quando os dois rappers se juntaram para "Watch The Throne", eles estavam no auge da sua forma: rítmica, melódica e criativa. O álbum é prova disso.
A gravação foi feita numa operação de segurança máxima. Nenhuma faixa caiu na internet antes do tempo. Os rappers queriam que o trabalho fosse ouvido como um todo. Gravado em quartos de hotel improvisados como estúdios, o disco coloca no rap num novo nível de refinamento.
São 12 faixas com texturas distintas, ora agressivas, ora pacíficas, às vezes retrô, outras contemporâneas. Usam samples de músicas de James Brown, como na grandiosa "No Church In The Wild", e, na canção seguinte, "Lift Off", deixam Beyoncé soltar o vozeirão. O single "Otis", com gravações do lendário cantor e compositor Otis Redding (1941 a 1967), é uma joia preciosa dessa recuperada coroa do rap.
Kanye West virá a São Paulo para o festival SWU, de 12 a 14 de novembro, em Paulínia, enquanto o parceiro Jay-Z, dado como grande nome do Rock in Rio, cancelou sua participação. Vale sonhar com um show em conjunto. As informações são do Jornal da Tarde.
São Paulo - Quando a revolução do rap em 2011 parecia vir de um grupo alternativo formado por garotos arruaceiros e de versos afiados, o Odd Future Wolf Gang Kill Them All (abreviado como OFWGKTA, ou Odd Future), dois dos mais importantes produtores e músicos da música black americana resolveram se unir e garantir o reinado de volta. Jay-Z e Kanye West, juntos, lançaram o explosivo "Watch The Throne", disco que chegou na semana passada nas lojas do país.
O disco é pomposo já na sua arte da capa, toda dourada, uma criação do designer italiano Riccardo Tisci, diretor criativo da marca Givenchy. E chega com os dois rappers tinindo. Há tempos os dois já ditam as cartas no mundo pop - desde que o rap deixou de ser propriedade das ruas e ganhou as rádios populares do mundo todo. Jay-Z, marido da estrela do R&B e dos rebolados Beyoncé, está sob os holofotes há, pelo menos, dez anos, quando lançou "The Blueprint". E Kanye West começou a ganhar seu espaço justamente neste álbum do parceiro, assinando como produtor.
A evolução de West, nestes anos, levou-o até o ápice, no ano passado, com o lançamento do excelente "My Beautiful Dark Twisted Fantasy". Jay-Z, obviamente não tinha ficado para trás. Um ano antes, em 2009, apresentou o também elogiado "The Blueprint 3". Ou seja, quando os dois rappers se juntaram para "Watch The Throne", eles estavam no auge da sua forma: rítmica, melódica e criativa. O álbum é prova disso.
A gravação foi feita numa operação de segurança máxima. Nenhuma faixa caiu na internet antes do tempo. Os rappers queriam que o trabalho fosse ouvido como um todo. Gravado em quartos de hotel improvisados como estúdios, o disco coloca no rap num novo nível de refinamento.
São 12 faixas com texturas distintas, ora agressivas, ora pacíficas, às vezes retrô, outras contemporâneas. Usam samples de músicas de James Brown, como na grandiosa "No Church In The Wild", e, na canção seguinte, "Lift Off", deixam Beyoncé soltar o vozeirão. O single "Otis", com gravações do lendário cantor e compositor Otis Redding (1941 a 1967), é uma joia preciosa dessa recuperada coroa do rap.
Kanye West virá a São Paulo para o festival SWU, de 12 a 14 de novembro, em Paulínia, enquanto o parceiro Jay-Z, dado como grande nome do Rock in Rio, cancelou sua participação. Vale sonhar com um show em conjunto. As informações são do Jornal da Tarde.