Chateau London: londrinos produzem seu próprio vinho
Cooperativa usa a uva plantada pelos moradores da cidade para produzir a bebida
Da Redação
Publicado em 7 de junho de 2011 às 18h05.
Londres - Em varandas, jardins e até nas fachadas das casas, alguns londrinos cultivam videiras para criar seu próprio "vinho urbano", apesar de as grandes produtoras do mundo não terem muito com o que se preocupar.
Durante as férias na França, em 2007, o especialista em projetos de regeneração urbana Richard Sharp descobriu com interesse o "espírito comunitário" dos povoados galeses durante as colheitas de uvas, e se perguntou se o mesmo não poderia ser feito no Reino Unido.
Em Londres, cidade onde há diversos jardins individuais, "muita gente tem videiras, mas não sabe o que fazer com a uva", explica Sharp.
Publicou, então, um anúncio em um grande jornal, propondo aos vinicultores que confiassem sua colheita a uma empresa cooperativa que se encarregaria de encontrar uma prensa para fazer vinho.
"Suscitamos um grande interesse", lembra. Assim nasceu a "Urban Wine" ("vinho urbano"). Depois de uma primeira colheita limitada em 2007 (20 garrafas de vinho rosé), a ideia ampliou-se rapidamente pelos jardins ingleses.
"A princípio pensei que era fraude, que me tirariam o dinheiro e fugiriam", explicou Ann Warner, uma aposentada dos subúrbios da capital que rapidamente viu um jeito de se livrar de dezenas de quilos de uva com os quais não sabia o que fazer.
"Tentamos fazer nosso próprio vinho, mas era asqueroso. Continua no armário, com os detergentes", disse em meio a uma sonora gargalhada.
No entanto, ela gosta do vinho feito com a ajuda da "Urban Wine". "Merece o esforço", afirma, tomando um trago de seu rosé no ensolarado terraço do Gothique, um pub do sul de Londres que a cada ano abriga a "cerimônia de degustação" da nova colheita.
"O melhor é que podemos colocar na mesa uma garrafa com a etiqueta Chateau Warner", o sobrenome familiar, completa seu marido Colin. Cada membro pode personalizar as seis garrafas às quais tem direito, em troca de uma taxa anual de 125 libras (230 dólares).
Em 2010, a "Urban Wines" prensou uma tonelada e meia de uva, suficiente para produzir 1.300 garrafas. As 1.200 de 2009 foram todas venddias, a 8 libras para os membros e 9 para o público em geral, e os lucros permitem que a empresa seja rentável.
Hoje, a "Urban Wines" tem mais de uma centena de vinicultores, alguns dos quais contribuem com apenas 3 quilos de uva (o mínimo exigido), outros com até uma centena.
Londres - Em varandas, jardins e até nas fachadas das casas, alguns londrinos cultivam videiras para criar seu próprio "vinho urbano", apesar de as grandes produtoras do mundo não terem muito com o que se preocupar.
Durante as férias na França, em 2007, o especialista em projetos de regeneração urbana Richard Sharp descobriu com interesse o "espírito comunitário" dos povoados galeses durante as colheitas de uvas, e se perguntou se o mesmo não poderia ser feito no Reino Unido.
Em Londres, cidade onde há diversos jardins individuais, "muita gente tem videiras, mas não sabe o que fazer com a uva", explica Sharp.
Publicou, então, um anúncio em um grande jornal, propondo aos vinicultores que confiassem sua colheita a uma empresa cooperativa que se encarregaria de encontrar uma prensa para fazer vinho.
"Suscitamos um grande interesse", lembra. Assim nasceu a "Urban Wine" ("vinho urbano"). Depois de uma primeira colheita limitada em 2007 (20 garrafas de vinho rosé), a ideia ampliou-se rapidamente pelos jardins ingleses.
"A princípio pensei que era fraude, que me tirariam o dinheiro e fugiriam", explicou Ann Warner, uma aposentada dos subúrbios da capital que rapidamente viu um jeito de se livrar de dezenas de quilos de uva com os quais não sabia o que fazer.
"Tentamos fazer nosso próprio vinho, mas era asqueroso. Continua no armário, com os detergentes", disse em meio a uma sonora gargalhada.
No entanto, ela gosta do vinho feito com a ajuda da "Urban Wine". "Merece o esforço", afirma, tomando um trago de seu rosé no ensolarado terraço do Gothique, um pub do sul de Londres que a cada ano abriga a "cerimônia de degustação" da nova colheita.
"O melhor é que podemos colocar na mesa uma garrafa com a etiqueta Chateau Warner", o sobrenome familiar, completa seu marido Colin. Cada membro pode personalizar as seis garrafas às quais tem direito, em troca de uma taxa anual de 125 libras (230 dólares).
Em 2010, a "Urban Wines" prensou uma tonelada e meia de uva, suficiente para produzir 1.300 garrafas. As 1.200 de 2009 foram todas venddias, a 8 libras para os membros e 9 para o público em geral, e os lucros permitem que a empresa seja rentável.
Hoje, a "Urban Wines" tem mais de uma centena de vinicultores, alguns dos quais contribuem com apenas 3 quilos de uva (o mínimo exigido), outros com até uma centena.