Chanel: o grupo de luxo disse que adquiriu 10 hectares adicionais de terras (Eric Gaillard/Reuters)
Reuters
Publicado em 27 de agosto de 2021 às 13h25.
Última atualização em 27 de agosto de 2021 às 13h33.
Ciente do desaparecimento de plantações de flores usadas em perfumes campeões de vendas, a empresa de moda e cosmética Chanel comprou mais terras no sul da França para garantir o suprimento de jasmim e outras variedades, colhidas à mão em um ritual anual delicado.
O grupo de luxo disse que adquiriu 10 hectares adicionais de terras, que se somam aos 20 hectares que já explora em parceria com uma família local perto da cidade de Grasse, conhecida pelos campos de flores.
Em uma manhã ensolarada de domingo de agosto, antes de o calor atingir um pico na vizinha Pegomas, dezenas de colhedores estavam ocupados com a colheita de jasmim deste ano, o principal ingrediente do perfume Nº 5 de 100 anos da Chanel, criado pela falecida estilista Coco Chanel.
A Chanel firmou um acordo com a família Mul no final dos anos 1980 para ancorar sua produção de cinco flores na região. Alguns produtores locais começaram a vender suas terras à época, atraídos em parte por acordos de propriedade na região próxima de Nice e da Riviera Francesa.
"Houve um tempo em que surgiu uma ameaça, porque a produção de jasmim estava começando a se mudar para outros países", disse Olivier Polge, que seguiu os passos do pai e se tornou perfumista-chefe da marca em 2013.
O jasmim cultivado em Grasse tem um odor específico. A região se tornou um polo de flores e fragrâncias no século 17, quando curtidores de couro locais começaram a perfumar seus produtos.