Caso Jackson: especialista acusa médico de agir como empregado
Segundo anestesista, o médico de Michael agiu como "um empregado" ao obedecer ao cantor dando a ele o sedativo que pedia
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2011 às 09h05.
Los Angeles - O médico de Michael Jackson agiu como "um empregado" ao obedecer ao cantor dando a ele o sedativo que pedia, e cometeu "violações intoleráveis" de sua profissão, denunciou nesta quarta-feira um especialista em anestesiologia, durante o julgamento de Conrad Murray, em Los Angeles.
"Michael Jackson queria propofol todas as noites para poder dormir, e Conrad Murray lhe dizia 'sim'. Isso é o que faz um empregado (...) Não estava exercendo seu julgamento médico", criticou o anestesista Steven Shafer na Suprema Corte de Los Angeles.
"A relação médico-paciente consiste em que o médico ponha o paciente em primeiro lugar. Isso não significa que faça o que o paciente pede, e sim o que for adequado", assinalou Shafer.
Murray, um cardiologista de 58 anos, era o médico particular de Jackson, e é acusado de homicídio culposo por ter tratado a insônia do cantor com um anestésico.
"Um médico teria dito a Jackson: 'Não vou te dar nada', e teria relatado o caso a um especialista", criticou Shafer. Além disso, Murray cometeu "violações intoleráveis" das normas da profissão, que levaram à morte do Rei do Pop, afirmou o anestesista. "Michael Jackson morreu porque deixou de respirar, o que é totalmente normal e rotineiro durante um procedimento, mas não representa um problema", porque o médico deve estar ali para desobstruir as vias do paciente.
Murray alegou ter se ausentado por alguns minutos, para ir ao banheiro, após sedar Jackson, e que, ao retornar, notou que o cantor não respirava. "No local, não havia praticamente nenhuma das medidas de prevenção que são tomadas durante a administração do propofol", apontou Shafer.
Em um depoimento duro, o último apresentado pela promotoria antes da apresentação das testemunhas de defesa, a partir de sexta-feira, o anestesista indicou que essas violações, além da falta de um monitor do ritmo cardíaco e da ausência de um prontuário médico, "contribuíram para a morte de Michael Jackson".
Segundo Shafer, Murray foi ainda antiético ao negar à família de Jackson acesso ao histórico médico do cantor. O anestesista disse que concordou em servir de testemunha porque se preocupa "com a reputação dos médicos", e que espera "ajudar a recuperar a confiança nos anestesistas".
"Todos os dias, na sala de cirurgia, quando digo aos pacientes o que vou fazer, eles me perguntam: 'Vão me dar a droga de Michael Jackson?'", narrou o anestesista. "Não deveriam ter medo, o propofol é um medicamento excelente."
Los Angeles - O médico de Michael Jackson agiu como "um empregado" ao obedecer ao cantor dando a ele o sedativo que pedia, e cometeu "violações intoleráveis" de sua profissão, denunciou nesta quarta-feira um especialista em anestesiologia, durante o julgamento de Conrad Murray, em Los Angeles.
"Michael Jackson queria propofol todas as noites para poder dormir, e Conrad Murray lhe dizia 'sim'. Isso é o que faz um empregado (...) Não estava exercendo seu julgamento médico", criticou o anestesista Steven Shafer na Suprema Corte de Los Angeles.
"A relação médico-paciente consiste em que o médico ponha o paciente em primeiro lugar. Isso não significa que faça o que o paciente pede, e sim o que for adequado", assinalou Shafer.
Murray, um cardiologista de 58 anos, era o médico particular de Jackson, e é acusado de homicídio culposo por ter tratado a insônia do cantor com um anestésico.
"Um médico teria dito a Jackson: 'Não vou te dar nada', e teria relatado o caso a um especialista", criticou Shafer. Além disso, Murray cometeu "violações intoleráveis" das normas da profissão, que levaram à morte do Rei do Pop, afirmou o anestesista. "Michael Jackson morreu porque deixou de respirar, o que é totalmente normal e rotineiro durante um procedimento, mas não representa um problema", porque o médico deve estar ali para desobstruir as vias do paciente.
Murray alegou ter se ausentado por alguns minutos, para ir ao banheiro, após sedar Jackson, e que, ao retornar, notou que o cantor não respirava. "No local, não havia praticamente nenhuma das medidas de prevenção que são tomadas durante a administração do propofol", apontou Shafer.
Em um depoimento duro, o último apresentado pela promotoria antes da apresentação das testemunhas de defesa, a partir de sexta-feira, o anestesista indicou que essas violações, além da falta de um monitor do ritmo cardíaco e da ausência de um prontuário médico, "contribuíram para a morte de Michael Jackson".
Segundo Shafer, Murray foi ainda antiético ao negar à família de Jackson acesso ao histórico médico do cantor. O anestesista disse que concordou em servir de testemunha porque se preocupa "com a reputação dos médicos", e que espera "ajudar a recuperar a confiança nos anestesistas".
"Todos os dias, na sala de cirurgia, quando digo aos pacientes o que vou fazer, eles me perguntam: 'Vão me dar a droga de Michael Jackson?'", narrou o anestesista. "Não deveriam ter medo, o propofol é um medicamento excelente."