Califórnia dará maconha medicinal à pessoas de baixa renda
A partir de agosto de 2015, os moradores de Berkeley que ganham menos de US$ 32 mil por ano e possuem uma prescrição poderão obter a erva gratuitamente
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2014 às 14h05.
São Paulo - Uma cidade da Califórnia está oferecendo um benefício ímpar para os moradores de baixa renda: maconha gratuita.
A partir de agosto de 2015, os moradores de Berkeley que ganham menos de US$ 32 mil por ano (ou US$ 46 mil por família) e possuem uma prescrição para maconha medicinal, poderão obter a erva gratuitamente em uma das farmácias da cidade.
De acordo com a lei aprovada por unanimidade pelo conselho da cidade, os estabelecimentos terão que reservar 2% do estoque de maconha para ser distribuído para os pobres.
Todavia, nem todos estão de acordo com a medida.
“É ridículo, uma absoluta loucura”, disse o bispo Ron Allen, chefe da Coalizão Internacional da Fé, à Fox News. “Por que a Câmara Municipal de Berkeley quer manter seus indigentes chapados, na pobreza e letárgicos?”.
Os defensores da lei dizem que a maconha é reconhecida como um medicamento legal no estado da Califórnia. Portanto, os cidadãos não poderiam ser privados do benefício por falta de dinheiro.
“Basicamente, a prefeitura quer ter certeza que as pessoas de baixa renda, sem teto e indigentes tenham acesso à maconha medicinal, ao seu remédio”, disse Darryl Moore, membro da Câmara Municipal à CBS.
Apesar da controvérsia, muitas farmácias disseram que a medida não afeta muito a prática, uma vez que os estabelecimentos já reservam uma certa quantidade da erva para a distribuição gratuita.
“Fazemos isso por conta própria, mas a obrigatoriedade é bem vinda, pois obriga todos a criarem esses tipos de programas”, disse Sean Luse, diretor de operações do Berkeley Patients Group.
No entanto, ele afirma achar que destinar 1% dos estoques à distribuição gratuita seria mais adequado.
“Eu creio que poderia haver problemas se nós entregarmos mais maconha do que é legitimamente necessário, suprindo em excesso a demanda”, disse. “Vamos ver como isso se desenrola”.