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BYD inicia obras para construir fábrica na Bahia; produção de carros começa em 2024

Serão montados em solo brasileiro o Dolphin Mini – recém-lançado no Brasil –, o Dolphin, e o Yuan Plus, além do SUV híbrido Song Plus

Camaçari: complexo tem mais de 4 milhões de metros quadrados. (Divulgação/Divulgação)

Camaçari: complexo tem mais de 4 milhões de metros quadrados. (Divulgação/Divulgação)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 6 de março de 2024 às 06h03.

Última atualização em 7 de março de 2024 às 12h05.

A BYD e o governo do estado da Bahia assinaram, nesta terça-feira, 5, o documento de compra e venda do terreno onde funcionará a fábrica da montadora chinesa em Camaçari, próximo a Salvador. A assinatura marcou o início das obras de readequação do espaço. O complexo de 4,6 milhões de metros quadrados era utilizado pela Ford, que concluiu a entrega do terreno ao governo estadual no fim do ano passado.

Somente na compra do complexo foram pagos quase R$ 288.000.000. O investimento para a construção do polo industrial é em torno de R$ 3 bilhões. Quando ficar pronto, será a maior instalação da BYD fora da China. A expectativa é que o primeiro carro seja montado ainda este ano, com uma capacidade de produzir 150.000 automóveis por ano durante a primeira fase de implantação.

De acordo com os executivos da BYD, serão montados em solo brasileiro o Dolphin Mini – recém-lançado no Brasil –, o Dolphin, e o Yuan Plus, além do SUV híbrido Song Plus. No começo, a produção de peças para a montagem dos carros nacionalmente será em torno de 25%, e subirá gradualmente conforme a cadeia de suprimentos seja estabelecida. A estimativa é de cinco anos para chegar a cerca de 60% de produção nacional, incluindo as baterias.

Na primeira fase de obras, serão 26 novas instalações entre galpões de produção, pista de testes e outras estruturas que vão ocupar uma área de cerca de 1 milhão de metros quadrados. As antigas instalações do complexo serão destinadas a fornecedores que vão ajudar na produção de partes e peças dos novos veículos.

“A BYD vai contribuir para o fomento econômico do estado baiano, com a geração 10 mil empregos, e trará Camaçari de volta aos holofotes nacionais da indústria brasileira, transformando a cidade em um polo de atração de fornecedores diversos ligados a toda cadeia produtiva, desde peças e acessórios até prestadores de serviços, dando prioridade a fornecedores locais”, diz Alexandre Baldy, conselheiro especial da BYD.

Carro elétrico brasileiro

Na semana passada, Lecar, montadora brasileira de carros elétricos que tenta viabilizar o projeto de produzir um automóvel 100% nacional, protocolou uma manifestação de interesse em adquirir a área que foi negociada pelo governo do estado da Bahia com a BYD. Como se tratava de uma concorrência pública, havia essa possibilidade. Com a publicação de um documento no fim de semana e a assinatura do contrato, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) disse que o assunto está encerrado.

“De forma transparente, a Secretaria da Fazenda analisou os documentos protocolados [pela Lecar] e viu que não tinha elementos suficiente para chamar a BYD para dizer que tínhamos uma proposta melhor. Mas fica o convite para dialogar com o empresário e as portas do governo do estado estão abertas”, disse o governador questionado por EXAME Casual.

Procurado pela reportagem, o empresário Flávio Figueiredo Assis, dono da Lecar, disse que não vai judicializar a questão. "Nossos advogados alertaram sobre a morosidade desta ação e, como não podemos atrasar nossos planos de entregar carros elétricos feitos por brasileiros para brasileiros, desistimos de Camaçari para não atrasar o Brasil", afirmou.

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