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Brasileira nada mais de 30 horas ininterruptas e bate recorde mundial

Mayra Santos quebrou marca de nado estático contra corrente e entrou para o livro dos recordes

Recorde Mundial: a antiga marca era de 30 horas e havia sido alcançada em junho pelo espanhol Alberto Lorente (Reprodução Facebook/Mayra Santos/Pedro Vasconcelos/Agência Brasil)

Recorde Mundial: a antiga marca era de 30 horas e havia sido alcançada em junho pelo espanhol Alberto Lorente (Reprodução Facebook/Mayra Santos/Pedro Vasconcelos/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 27 de novembro de 2020 às 11h52.

A brasileira Mayra Santos, natural de Juiz de Fora (MG) e radicada desde 2004 na Ilha da Madeira, em Portugal, é a mais nova recordista mundial de natação estática contra a corrente. A marca foi alcançada no início deste mês depois da atleta, de 41 anos, ficar 30 horas e sete minutos nadando sem parar e enfrentando a corrente gerada por turbinas instaladas dentro da piscina.

Pelo regulamento do desafio, Mayra teria direito a acrescentar ao tempo nadado uma hora e 15 minutos de descanso que ela não usufruiu. Assim, o tempo oficial final seria de 31 horas e 22 minutos. Mas, a brasileira abriu mão de 15 minutos. Dessa forma, ela entrou para o livro dos recordes com 31 horas e sete minutos.

"Achei estranho essa possibilidade de descansar. Para mim, não é um desafio. A questão dos sete minutos tem a ver com o Cristiano Ronaldo, astro que nasceu na Ilha da Madeira, e com os meus colegas de empresa, a 7M Real State. Eles me mandaram uma mensagem muito legal dizendo que sabiam que eu faria 30 horas e sete minutos", disse a recordista, lembrando também que os sete minutos são alusivos à travessia concluída com sucesso por ela, em setembro de 2019. Na ocasião, a Mayra se tornou a primeira mulher a completar os 42 quilômetros em águas abertas entre o Porto Santo e a Ilha da Madeira com o tempo de 12 horas e sete minutos.

Segundo Mayra, a ideia de se preparar para o desafio na piscina surgiu em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), quando o acesso a mares e praias foi fechado. "Estava me preparando para uma prova que iria ocorrer em setembro quando tudo fechou. Então, surgiu a chance de seguir treinando na casa de uns amigos suecos. Eles tem uma piscina com esse equipamento que gera a corrente de água. Vi o espanhol Alberto Lorente quebrar o recorde. E a ideia surgiu", lembrou.

A antiga marca era de 30 horas e havia sido alcançada em junho por Lorente. Na ocasião, ele nadou 28 horas e 45 minutos e teve uma hora 15 minutos de descanso. Entre as mulheres, o melhor tempo anterior era 24 horas e um minuto. A nadadora brasileira comenta que a conversa que ela teve com Lorente serviu como um estímulo maior para a conquista. "Ele me disse que eu poderia alcançar as 25 horas. Já seria bom. Ganharia o prêmio. A marca das 30 horas seria impossível para uma mulher. Aquilo era o empurrão que eu precisava".

Após o recorde, Mayra já tem o próximo desafio em mente. Percorrer os 144 quilômetros de circunferência da Ilha da Madeira. "Já me falaram que seria possível fazer no próximo ano. Mas ainda penso que é muito cedo. Preciso me preparar mais. Esse desafio é algo que vai exigir muito fisicamente. Eu quero completar essa distância de forma ininterrupta também. E quando eu coloco algo na cabeça é para completar com sucesso. Talvez para 2022 eu consiga".

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