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Brasileira ganha bronze na maratona aquática após punição

Atleta francesa que tinha chegado em segundo lugar foi punida pela comissão julgadora, e assim a brasileira Poliana Okimoto acabou com a medalha de bronze


	Poliana: a medalha serve como uma redenção para Poliana, que em Londres, sofreu hipotermia e desistiu da prova
 (Getty Images)

Poliana: a medalha serve como uma redenção para Poliana, que em Londres, sofreu hipotermia e desistiu da prova (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2016 às 12h09.

Rio - A brasileira Poliana Okimoto foi beneficiada por uma punição à francesa Aurélie Muller e herdou a medalha de bronze na maratona aquática da Olimpíada do Rio.

Na prova desta segunda-feira pela manhã, a dona da casa havia chegado somente na quarta colocação, mas viu a rival, que havia terminado em segundo, ser desclassificada momentos após o fim da prova e, com isso, ganhou um lugar no pódio.

Depois de brigar pelas primeiras posições e ficar para trás das três líderes na reta final, Poliana bateu na quarta posição, bem atrás da campeã, a holandesa Sharon van Rouwendaal.

A briga pela segunda colocação foi intensa e Muller, aparentemente, havia levado a melhor ao chegar na segunda colocação, deixando para trás a italiana Rachele Bruni.

Só que a alegria da francesa durou pouco. Minutos depois da chegada, a direção da prova avaliou o momento em que Muller bateu na segunda colocação e considerou que a atleta havia agido de forma ilegal contra Bruni.

Com isso, ela foi excluída, a italiana subiu para a segunda posição e o bronze caiu no colo de Poliana.

A medalha serve como uma redenção para Poliana Okimoto. Nos Jogos de Londres, há quatro anos, ela sofreu hipotermia na prova de maratona aquática e desistiu da prova.

Na saída, ainda acabou desmaiando e foi levada de cadeira de rodas para o ambulatório da competição, que foi disputada no lago Serpentine, no Hyde Park.

Aos 33 anos, Poliana era uma atleta das piscinas, acostumada às provas mais longas, mas acabou migrando para a maratona aquática, onde obteve sucesso.

Em 2007, no Pan do Rio de Janeiro, ficou com a prata na prova de 10 km. Nos Jogos de Pequim, no ano seguinte, foi bem, mas ficou fora do pódio, em sétimo lugar.

Aos poucos ela foi tendo resultados expressivos, como o título da Copa do Mundo em 2009, quando venceu 9 das 11 etapas da competição.

No mesmo ano, no Mundial de Esportes Aquáticos, ficou com o bronze na prova de 5 km e em sétimo nos 10 km. No Pan de 2011, em Guadalajara, foi prata novamente.

Seu auge foi no Mundial de 2013, quando subiu ao pódio diversas vezes. Foi prata nos 5 km, com Ana Marcela conquistando o bronze, foi ouro nos 10 km, com a amiga levando a prata, e foi bronze por equipes. Já no Mundial do ano passado, ficou na sexta colocação na prova de 10 km, bem perto do pódio.

A medalha é a sétima do Brasil no Rio-2016, a primeira no mar e a primeira na água. Antes de Poliana, foram ao pódio Rafaela Silva (ouro no judô), Diego Hypolito (prata na ginástica), Felipe Wu (prata no tiro), Rafael Silva, Mayra Aguiar (ambos bronze no judô) e Arthur Nory Mariano (bronze na ginástica artística). Além disso, há pelo menos uma prata garantida para Robson Conceição, no boxe, e um bronze assegurado no vôlei de praia feminino.

O mar ainda pode dar mais medalhas para o Brasil nesta segunda-feira, com Robert Scheidt, na classe Laser da vela. Ele vai disputar a medal race e só tem chance do bronze.

Na terça-feira, Allan do Carmo tentará surpreender os favoritos na prova masculina da maratona aquática. Já da água doce podem vir outro pódio na Lagoa Rodrigo de Freitas, onde Isaquias Queiroz briga na final do C1 1.000m na canoagem velocidade.

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