Seleção brasileira feminina: time busca vitória para conseguir vaga nas oitavas (Eric Gaillard/Reuters)
AFP
Publicado em 17 de junho de 2019 às 17h12.
Última atualização em 17 de junho de 2019 às 17h18.
Brasil e Itália, donos de cinco e quatro títulos mundiais no futebol masculino, mas nenhum no feminino, enfrentam-se nesta terça-feira, 18, em Valenciennes, na Copa do Mundo da França-2019, com diferentes objetivos: as brasileiras querem garantir uma vaga nas oitavas, enquanto as italianas buscam selar o 1º lugar no Grupo C.
Na mesma hora, Jamaica, que não pontuou, e Austrália, que tem três pontos como o Brasil, duelam em Grenoble.
Surpresa do grupo, a Itália precisa apenas de um empate para garantir a vaga nas oitavas como primeira colocada do grupo. Para as brasileiras, a matemática é um pouco mais complicada: podem se classificar na primeira, segunda ou terceira posição, mas também podem ser eliminadas.
Até os acréscimos do primeiro tempo contra a Austrália, na última quinta-feira, o Brasil caminhava nas nuvens. Estreou com uma vitória por 3 a 0 sobre a Jamaica e vencia por 2 a 0 as australianas, teoricamente suas grandes rivais na disputa pela primeira colocação do grupo.
A Austrália, porém, não se deu por satisfeita e pressionou até conseguir virar a partida, vencendo por 3 a 2 e deixando o Brasil em situação delicada.
O que aconteceu? Certamente as saídas de Formiga, líder do meio de campo, e Marta, estrela da seleção, mas que está longe de seu físico ideal, no intervalo desestabilizaram a equipe e derem forças para as adversárias.
O técnico Vadão justificou as saídas das duas veteranas afirmando que Marta estava cansada, após várias semanas afastada dos campos devido a uma lesão muscular, enquanto que Formiga precisou ser substituída após sofrer um golpe no pé esquerdo.
A meia de 41 anos havia levado um cartão amarelo, seu segundo no torneio, e estará suspensa do decisivo duelo contra a Itália. Deverá ser substituída por Luana, convocada de última hora, após a lesão de Adriana.
Já Marta, que contra a Austrália elevou seu recorde de gols em Copas do Mundo para 16, convertendo um pênalti, poderia ter novamente os minutos contados em campo.
Mas, diante de uma Itália empolgada e transformada em uma das grandes surpresas da Copa, é possível que Vadão tenha que apostar pesado na seis vezes melhor do mundo para apoiar a atacante Cristiane, autora de quatro gols em dois jogos.
Sem Formiga e com Marta machucada, Cristiane precisará dar as caras novamente e assumir a responsabilidade, assim como Andressa Alves e Debinha, que vêm fazendo boa Copa do Mundo na base da velocidade e habilidade pelas pontas do ataque.
A Itália, até então de nenhum renome no futebol feminino, surpreendeu o mundo ao vencer a Austrália, eterna candidata ao título, graças aos dois gols de Barbara Bonansea (2-1).
Em seguida, confirmou o bom momento goleando por 5 a 0 a Jamaica, com três gols de Cristiana Girelli e outros dois de Aurora Galli.
"Chegar ao terceiro jogo já classificadas e estar na primeira posição é incrível. Antes da Copa do Mundo, falávamos do sonho de passar da fase de grupos e enxergávamos a possibilidade de ficar no terceiro lugar, mas isso nos surpreendeu a todas", admitiu Girelli.