BBB22: Audiência cai na TV e sobe no streaming durante primeiro mês no ar
Pesquisa inédita da Globo mostra que 88% do público acredita que o reality é uma boa vitrine para as marcas – e que, apesar das críticas, os fãs do programa vêm prestando mais atenção do que nunca
Laura Pancini
Publicado em 26 de fevereiro de 2022 às 06h00.
Há pouco mais de 1 mês no ar, o Big Brother Brasil 22 tenta preencher o espaço deixado pelo seu antecessor. Os recordes de audiência do BBB21 agradaram tanto telespectadores quanto marcas e deixaram as expectativas bem altas para a edição deste ano, cuja audiência cai na TV aberta e sobe no Globoplay.
Informações exclusivas da Globo à EXAME indicam que a temporada atual registrou um alcance acumulado de mais de 126 milhões de pessoas com as exibições na TV aberta entre a estreia entre a estreia, no dia 17 de janeiro, até 22 de fevereiro.
O BBB22 também foi o programa mais assistido no serviço de streaming da Globo no mesmo período, com um crescimento de 46% em consumo de horas e de 187% no total de usuários logados que assistem o reality.
Porém, dados do PNT indicam que, enquanto a temporada de 2021 alcançou 27,4 pontos de audiência no primeiro mês no ar, o BBB22 alcançou 22,4 pontos. A diferença é notável, representando por volta de 1 milhão de domicílios a menos, mas o BBB21 também foi. O início da edição do ano passadofoi recheado das maiores brigas da temporada – desde debates sobre transfobia e discriminação de gênero até o clássico “Não vim aqui para perder para basculho ”.
A cantora Karol Conká, por exemplo, protagonizou muito dos atritos da casa neste período e foi a quarta eliminada. Sua saída foi o auge da edição, acumulando 36 pontos de audiência e, nos votos, um recorde de 99,17% de rejeição.
Ou seja, enquanto o BBB21 foi repleto de intensidades, a edição de 2022 se mantém morna, o que vem refletindo na audiência do programa na TV aberta. A desclassificação de Maria por conta de uma ‘baldada’ em outra participante, a Casa de Vidro e a suspeita de covid entre os participantes até agitaram as redes sociais, mas a falta de uma narrativa concreta vem levando a críticas sobre o programa estar parado demais.
“Está difícil torcer para alguém nessa edição… só gente chata”, comentou um usuário no Twitter. Alguns até chegaram a sugerir que o prêmio deveria ir para Tadeu Schmidt, novo apresentador do programa que vem conquistando o coração dos brasileiros. Porém, dados da Globo mostram que, apesar da queda de audiência, o público vem prestando mais atenção no BBB.
Nas primeiras 5 semanas da temporada anterior, o tempo médio de consumo do programa era de 42 minutos. Já em 2022, esse tempo subiu para 55 minutos.Além disso, o programa tem conquistado mais pessoas, registrando um aumento semanal médio de mais de 9 milhões de novos espectadores na TV Globo entre as semanas de 9 a 22 de fevereiro.
Já a repercussão no Twitter é um dos destaques, com mais de 72 milhões de tuítes sobre a atração – negativos e positivos inclusos – desde a estreia.
Os jovens entre 18 a 24 anos são os que mais acompanham o reality, tanto na Globo quanto no Multishow, de acordo com dados da KIM|Instar Analitycs – Kantar. E o interesse pelo reality faz que esse público dedique 12% mais tempo ao programa na TV aberta do que o total da população brasileira.
BBB para as marcas
E quando perguntados sobre a presença dos patrocinadores, 8 em cada 10 pessoas concordam que “na hora das ações, o clima da casa melhora e o programa fica mais divertido”. Entendimento que faz com que 88% do público acredite que o BBB22 é uma vitrine importante para as marcas do programa, que inclui Avon, 99, Fiat, Engov, C&A, Americanas, McDonald’s e mais.
83% confirmam que as ações do reality ajudam a conhecer melhor as marcas, enquanto 75% passam a considerar mais as patrocinadoras na hora de fechar o próximo carrinho de compra e 46% buscam mais informações sobre as marcas ou seus produtos na internet.
As informações são da ferramenta Globo Tracking, na quala Globo analisa dados das diferentes plataformas que compõem o ecossistema do programa, além de manter a escuta ativa sobre a percepção dos consumidores em relação às ações comerciais.