Autora de 'O Diabo veste Prada' lança novo romance
O novo livro de Lauren Weisberger traz uma narrativa simples, que pode facilmente ser transformada num roteiro de filme pipoca
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2011 às 10h00.
São Paulo - Enquanto Brooke trabalha em dois empregos para sustentar a casa, seu marido Julian, que é cantor, corre atrás da carreira musical. Apesar da rotina ser pesada para ela, os dois vivem felizes e apaixonados. Isso, até Julian ser descoberto por uma gravadora e se tornar um sucesso da noite para o dia. O que parecia um sonho no início se torna um pesadelo quando fotógrafos e fofocas passam a fazer parte da rotina dos dois. É essa a história de "Uma noite no Chateau Marmont", novo livro da norte-americana Lauren Weisberger, autora do best-seller "O Diabo veste Prada".
Assim como a obra anterior, que virou sucesso no cinema em 2006, com Meryl Streep e Anne Hathaway, o novo livro traz uma narrativa simples, que pode facilmente ser transformada num roteiro de filme pipoca. Novamente, Lauren Weisberger aborda a questão das carreiras como desestabilizadoras dos relacionamentos amorosos. Se em "O Diabo veste Prada" a personagem de Anne Hathaway se desentendia com o amado por focar demais na carreira, no novo livro a escritora apenas inverte a ordem. Dessa vez, é o sucesso profissional do marido que leva a mulher a arrancar os cabelos.
Cheio de diálogos, o livro também conta com personagens secundários caricatos, como a sogra perua e insensível, e a melhor amiga linda que dorme com vários homens. Essa última, aliás, chama-se Heather e lembra muito a personagem Samantha do seriado pop "Sex and The City". De fato, o forte da autora não é criar personagens complexos ou explorar suas contradições e subjetividades. Ela não quer dar um nó na cabeça dos leitores, nem fazê-los pensar. A proposta aqui é absorção rápida e fácil.
Em compensação, se os personagens são superficiais, Weisberger faz o leitor identificar-se com a história, utilizando recursos interessantes. Um deles é explorar o modo como se vive hoje. Facebook, Twitter e outras ferramentas tecnológicas comuns do dia a dia também fazem parte da rotina de Brooke, Julian e Heather. Os universos de leitores e personagens, portanto, se aproximam. Outro elemento que pode tornar o livro popular são menções a referências pop, como atores, atrizes e músicos que estampam hoje as capas de revista. O livro abarca a cultura do consumo e lança mão dela para prender a atenção.
Um de seus pecados, no entanto, é a falsa crítica que faz em relação à cultura das celebridades. Por mais que a personagem principal fale com repulsa das matérias escandalosas que saem nos tabloides - com direito a discursos fracos levantando a questão -, a obra é uma ode às estrelas do mainstream. O texto simples e sem surpresas da autora, no entanto, torna tudo bem palatável. O livro, aliás, é como bom fast-food: apesar de não ser memorável, é divertido, gostoso e ideal para ser consumido rapidinho, sem falsos arrependimentos. As informações são do Jornal da Tarde.
São Paulo - Enquanto Brooke trabalha em dois empregos para sustentar a casa, seu marido Julian, que é cantor, corre atrás da carreira musical. Apesar da rotina ser pesada para ela, os dois vivem felizes e apaixonados. Isso, até Julian ser descoberto por uma gravadora e se tornar um sucesso da noite para o dia. O que parecia um sonho no início se torna um pesadelo quando fotógrafos e fofocas passam a fazer parte da rotina dos dois. É essa a história de "Uma noite no Chateau Marmont", novo livro da norte-americana Lauren Weisberger, autora do best-seller "O Diabo veste Prada".
Assim como a obra anterior, que virou sucesso no cinema em 2006, com Meryl Streep e Anne Hathaway, o novo livro traz uma narrativa simples, que pode facilmente ser transformada num roteiro de filme pipoca. Novamente, Lauren Weisberger aborda a questão das carreiras como desestabilizadoras dos relacionamentos amorosos. Se em "O Diabo veste Prada" a personagem de Anne Hathaway se desentendia com o amado por focar demais na carreira, no novo livro a escritora apenas inverte a ordem. Dessa vez, é o sucesso profissional do marido que leva a mulher a arrancar os cabelos.
Cheio de diálogos, o livro também conta com personagens secundários caricatos, como a sogra perua e insensível, e a melhor amiga linda que dorme com vários homens. Essa última, aliás, chama-se Heather e lembra muito a personagem Samantha do seriado pop "Sex and The City". De fato, o forte da autora não é criar personagens complexos ou explorar suas contradições e subjetividades. Ela não quer dar um nó na cabeça dos leitores, nem fazê-los pensar. A proposta aqui é absorção rápida e fácil.
Em compensação, se os personagens são superficiais, Weisberger faz o leitor identificar-se com a história, utilizando recursos interessantes. Um deles é explorar o modo como se vive hoje. Facebook, Twitter e outras ferramentas tecnológicas comuns do dia a dia também fazem parte da rotina de Brooke, Julian e Heather. Os universos de leitores e personagens, portanto, se aproximam. Outro elemento que pode tornar o livro popular são menções a referências pop, como atores, atrizes e músicos que estampam hoje as capas de revista. O livro abarca a cultura do consumo e lança mão dela para prender a atenção.
Um de seus pecados, no entanto, é a falsa crítica que faz em relação à cultura das celebridades. Por mais que a personagem principal fale com repulsa das matérias escandalosas que saem nos tabloides - com direito a discursos fracos levantando a questão -, a obra é uma ode às estrelas do mainstream. O texto simples e sem surpresas da autora, no entanto, torna tudo bem palatável. O livro, aliás, é como bom fast-food: apesar de não ser memorável, é divertido, gostoso e ideal para ser consumido rapidinho, sem falsos arrependimentos. As informações são do Jornal da Tarde.