Casual

Autor de retrato da família real se diz orgulhoso

Pintor Thomas Kluge, autor do último e polêmico retrato da família real dinamarquesa, disse que se sente orgulhos com as reações provocadas pelo quadro


	Copenhague, na Dinamarca: Kluge é um pintor reconhecido na Dinamarca e realizou outros cinco retratos individuais de vários membros da família real
 (Wikimedia Commons)

Copenhague, na Dinamarca: Kluge é um pintor reconhecido na Dinamarca e realizou outros cinco retratos individuais de vários membros da família real (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2013 às 15h02.

Copenhague .- O pintor Thomas Kluge, autor do último e polêmico retrato da família real dinamarquesa, disse nesta terça-feira que se sente orgulhoso" e "um pouco contente" com as reações provocadas pelo quadro, que, por sinal, chegou a ser comparado a um pôster de filme de terror pela imprensa local.

Em entrevista à Agência Efe, o artista dinamarquês, de 44 anos, ressaltou que não pode controlar as reações do público e que se trata de "uma questão de democracia", embora tenha admitido que a repercussão da obra, inclusive no exterior, lhe trouxe uma publicidade que não o prejudica.

"Surpreendeu-me, já que eu não buscava nenhum escândalo. Também é muito diferente ver a obra pessoalmente e através de uma imagem, o efeito é outro... Mas, no fundo, estou um pouco contente e orgulhoso por tudo", confessou.

"A Família Real", o primeiro retrato oficial de um monarca dinamarquês com seus parentes desde o final do século XIX, faz parte de uma exibição inaugurada recentemente no museu do Palácio de Amalienborg, em Copenhague.

Desde sua apresentação, a obra recebeu diversas críticas mordazes da imprensa dinamarquesa; alguns compararam seu ar lúgubre com o de filmes como "O Iluminado", enquanto o príncipe Christian, filho do herdeiro Federico e que aparece no meio do quadro, foi comparado com o menino de "A Profecia".

"Queria mostrar como a família real é algo que pertence ao passado, o presente e o futuro. Por isso o príncipe está no meio, esperando seu encontro com o futuro", justificou Kluge, que acrescentou que seus filhos não se "assustaram" ao ver a imagem.

De acordo com a interpretação do autor, o futuro rei dinamarquês, de apenas 8 anos, se encontra entre sua condição de criança e as obrigações que deverá enfrentar como adulto, quando assumir seu papel de herdeiro, algo que justifica sua seriedade no retrato.

A família real é algo "muito simbólico" para o pintor, que a considera como "uma parte de nosso DNA" e, por isso, acredita que as interpretações negativas do quadro também se relacionam com o fato de Margarita II e sua prole não estar "em uma cerimônia ou tomando um chá".

Kluge é um pintor reconhecido na Dinamarca e, antes de se tornar pivô de uma grande polêmica, realizou outros cinco retratos individuais de vários membros da família real, incluindo o da rainha Margarita II.

"A Família Real", fruto de um trabalho de quatro anos, é o primeiro retrato coletivo de um monarca dinamarquês desde "Imagens de Fredensborg" (1880), que mostrava Christian IX, a rainha Luisa e seus descendentes, uma obra que Kluge diz ter usado como referência.

Uma vez encerrada a exposição em março, o quadro será levado ao Salão Amarelo do Palácio de Fredensborg, ao norte da capital, onde ficará exposto no futuro, segundo a Casa Real, que, apesar das criticas, permanece alheia à polêmica. 

Acompanhe tudo sobre:ArteDinamarcaEuropaPaíses ricosQuadros

Mais de Casual

Retrospectiva Spotify: os artistas e podcasts mais escutados por executivas em 2024

Com ondas personalizáveis, maior piscina para surfe do Hemisfério Sul será inaugurada no RJ

Espumante brasileiro fica entre os 16 melhores do mundo em concurso na França

Por que os voos executivos sob demanda estão ganhando tanto espaço?