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Argentina quer o Mundial para homenagear uma geração

Desde 1990 até os dias atuais, período em que a Argentina ficou longe das finais, dezenas de bons jogadores bateram na trave, mas deixaram um legado importante

Riquelme no Boca Juniors: antes de Messi entrar em 2007, ele era o camisa 10 da Argentina (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2014 às 09h07.

Rio - A geração de Messi , Mascherano, Higuaín e Romero não entra em campo sozinha, neste domingo, no Maracanã. Joga por craques que fizeram história no futebol mundial, mas que não conseguiram chegar onde eles chegaram. Desde 1990 até os dias atuais, período em que a Argentina ficou longe das finais, dezenas de bons jogadores bateram na trave, mas deixaram um legado importante.

Desde 2007, Messi é herdeiro da camisa 10. Antes dele, Juan Román Riquelme vestia o manto. Considerado um dos mais talentosos de sua geração - mas igualmente polêmico -, Riquelme não pôde participar da decisão por pênaltis contra a Alemanha, em 2006, porque havia sido substituído por José Pekerman no tempo normal. A Argentina acabou eliminada. Os problemas de relacionamento com o técnico Maradona levaram Riquelme a se recusar a atuar na seleção nos anos seguintes.

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Antes de Riquelme, a 10 era de Ariel Ortega, baixinho habilidoso e mestre da bola parada. Em 1998, liderou a equipe na Copa da França, mas viu o sonho do título escapar nas quartas de final, em que a Holanda venceu o jogo por 2 a 1, com direito a golaço de Bergkamp aos 45 minutos do 2º tempo. Pouco antes, Ortega havia sido expulso.

Em 2002, ele era uma das estrelas da equipe de Marcelo Bielsa, que tinha também Simeone, Batistuta, Verón e Sorín. Em uma das maiores zebras da história das Copas, a equipe acabou caindo na primeira fase. No empate contra a Suécia, por 1 a 1, na terceira rodada da fase de grupos, "El Burrito" Ortega perdeu um pênalti e nunca mais foi convocado.

O centroavante Gonzalo Higuaín atualiza o faro de gol de Gabriel Batistuta, maior goleador da história da seleção argentina, com 56 gols. Em 1994, a equipe ficou abalada com o caso de doping de Maradona e acabou eliminada pela Romênia de Hagi nas oitavas de final. Quatro anos depois, Batistuta precisou cortar o cabelo para atender a uma exigência do técnico Daniel Passarella e ser convocado.

De nada adiantou e ele caiu com Ortega. Em 2002, esteve no fiasco da equipe de Bielsa.

Em sua terceira Copa , Mascherano luta para reescrever sua própria história - e também pela tradição dos xerifes argentinos. Entre eles, Diego Simeone, que nunca chegou às semifinais de um Mundial, mas levou o Atlético de Madrid ao título espanhol na última temporada, além de ter sido vice-campeão da Liga dos Campeões.

Se confirmar o bom desempenho da defesa, o zagueiro Martín Demichelis pode honrar o zagueiro Ayala, que até hoje lamenta o gol de Bergkamp em 94, no final do jogo, no mesmo time que tinha Ortega e Batistuta. A geração quer provar que passado, presente e futuro sempre se misturam. No futebol, tudo é um jogo só.

BASE DE OURO - Oito jogadores que foram titulares da equipe argentina campeã olímpica nos Jogos de Pequim em 2008 fazem parte dos convocados do técnico Alejandro Sabella para a final deste domingo. Ou seja, jogam juntos há muito tempo e mostram a importância do conjunto e do entrosamento.

Entre os titulares, estão o goleiro Romero, o zagueiro Garay, o lateral Zabaleta, o volante Mascherano e o atacante Messi, No banco, estão o volante Fernando Gago e o atacante Agüero. Para finalizar, Di María também esteve na China, mas está machucado. Todos foram dirigidos por José Pékerman, argentino que levou a Colômbia às quartas de final da Copa 2014.

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