Aplicativo informa como as pessoas têm beijado durante a pandemia
A partir da resposta de 12.355 usuários, 68% dos entrevistados afirmam que beijam menos desde o início do confinamento e que o sexting teve um enorme crescimento no período
Julia Storch
Publicado em 12 de abril de 2021 às 11h38.
Ainda que amanhã (13) seja comemorado o Dia Internacional do Beijo, as mudanças sociais impostas pela pandemia têm atrapalhado as comemorações. É o que demonstram os dados do Gleeden, app de encontros discretos pensado por e para mulheres, em uma pesquisa relacionada a esta data.
A partir da resposta de 12.355 usuários, 68% dos entrevistados afirmam que beijam menos desde o início do confinamento. Além disso, 63% deles, a maioria homens, afirmam não beijar desde o início da pandemia. Os principais motivos que justificam esses dados são, principalmente, a falta de privacidade - já que toda a família está em casa 24 horas por dia, e o medo do contágio.
Dos 37% restantes dos que já beijaram, 26% já o fizeram com o parceiro e em 19% dos casos, a demonstração de afeto foi no animal de estimação.
Por outro lado, 40% também afirmam que, desde o início do confinamento, eles se relacionam com o companheiro com muito menos frequência do que antes. A falta de intimidade e o medo do contágio voltam a desempenhar um papel importante como motivo, juntamente, neste caso, com o tédio.
Como eles "desabafam"?
Por meio do sexting, envio de mensagens de conteúdo sexual. O sexting teve um enorme crescimento devido à pandemia: portais como o Gleeden tiveram aumentos de até 160% nas conexões durante os primeiros meses de confinamento.
“O confinamento está impactando significativamente a forma com que as pessoas se relacionam. Devido ao medo de contágio, à dificuldade de encontrar um parceiro, além das limitações de mobilidade e horários, as opções para se conseguir um beijo estão cada vez mais reduzidas. Aplicativos como o Gleeden se tornaram o espaço mais recomendado àqueles que desejam trocar carinhos, ainda que virtualmente”, comenta Silvia Rubies, diretora de comunicação e marketing do Gleeden na América Latina e na Espanha.
Outros dados da pesquisa revelaram que a maioria dos homens prefere beijos de língua. Dessa forma, 87% dos usuários do Gleeden preferem beijar os lábios durante o confinamento, dos quais 85% são homens e 15% são mulheres. A testa e a bochecha são menos cobiçadas na situação atual. E isso tem sua explicação científica: os lábios têm muitas terminações nervosas sensíveis, então qualquer beijo, mas especialmente nos lábios, envia uma grande quantidade de sinais de prazer ao cérebro.
De acordo com os especialistas, beijos ajudam a reduzir a pressão arterial, diminuir o colesterol no sangue, queimar calorias, aliviar o estresse e desencadear endorfina em nosso corpo, portanto, podem ser considerados muito benéficos para o corpo humano.