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Anne Hathaway é forte candidata ao Oscar de coadjuvante

A atriz fez o papel de Fantine em "Os Miseráveis", que estreia em 1.º de fevereiro

Anne Hathaway: o cabelo curto é herança do corte brutal que sofre em cena, quando Fantine vende a cabeleireira para conseguir o dinheiro para sustentar a filha, Cosette (REUTERS/Carlo Allegri)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 10h15.

São Paulo - Anne Hathaway vive um momento especial de sua vida - e carreira. Ninguém duvida, nem ela, de que será indicada para o Oscar de coadjuvante por seu papel como Fantine em "Os Miseráveis", que estreia em 1.º de fevereiro.

O próprio filme que Tom Hooper adaptou do musical mais bem-sucedido de todos os tempos - 28 anos em cartaz, mais de 100 milhões de espectadores em diversos países (e línguas) - deve ser indicado em outras categorias. Filme, claro, diretor - e Hooper já ganhou o prêmio por "O Discurso do Rei" -, ator, e Hugh Jackman é realmente poderoso como Jean Valjean. Mas Anne é especial como a infeliz Fantine. Quando canta, a plateia, na sessão especial para jornalistas, estourou em aplausos.

Ela chega para a entrevista no Mandarim Oriental elegantérrima. Magra, alta, cabelo curto - à la garçonne -, uma pantalona estampada que lhe cai bem. "Gostei da calça", diz Jackman, quando se cruzam, na porta da suíte. E ela brilha. O cabelo curto é herança do corte brutal que sofre em cena, quando Fantine vende a cabeleireira para conseguir o dinheiro para sustentar a filha, Cosette.

Anne sempre foi magra, mas está abaixo do peso. "Não consigo recuperar", conta. "Perder foi mais fácil." Ela também emagreceu para servir à miséria da personagem, uma penúria que a consome e a leva a se prostituir, num beco sórdido. Anne só não arrancou os dentes - Fantine vende os dela - porque seria demais. Quando a reportagem cita a atriz japonesa de "A Balada de Narayama", de Shohei Imamura, que fez isso, ela diz que respeita, mas não faria. "Há limite", reflete.


Interpretar Fantine foi o maior desafio de sua carreira. Não tanto pela questão do físico, mas pela decisão do diretor de fazer com que os atores cantassem no set. Em geral, os atores gravam as canções antes e há até o caso de cantores que, simplesmente, dublam outras vozes, simulando cantar.

Tom Hooper exigiu que seus intérpretes - Hugh Jackman/Valjean, Russell Crowe/Javert e Anne/Fantine - soltassem a voz. E eles cantam - com fome, desespero, ódio. "Eu me assustei no início, mas depois percebi quanto ele estava certo. A história ficou muito mais verdadeira." E o Oscar? "Gostaria de ser indicada de novo, mas é bom não sonhar muito com isso. Estou tão feliz que não quero me decepcionar. Se vier (a indicação) será bem-vinda."

OS MISERÁVEIS

Título original: Les Misérables. Direção: Tom Hooper. Gênero: Drama (Reino Unido/ 2012). Estreia em 1º/2.

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São Paulo - Anne Hathaway vive um momento especial de sua vida - e carreira. Ninguém duvida, nem ela, de que será indicada para o Oscar de coadjuvante por seu papel como Fantine em "Os Miseráveis", que estreia em 1.º de fevereiro.

O próprio filme que Tom Hooper adaptou do musical mais bem-sucedido de todos os tempos - 28 anos em cartaz, mais de 100 milhões de espectadores em diversos países (e línguas) - deve ser indicado em outras categorias. Filme, claro, diretor - e Hooper já ganhou o prêmio por "O Discurso do Rei" -, ator, e Hugh Jackman é realmente poderoso como Jean Valjean. Mas Anne é especial como a infeliz Fantine. Quando canta, a plateia, na sessão especial para jornalistas, estourou em aplausos.

Ela chega para a entrevista no Mandarim Oriental elegantérrima. Magra, alta, cabelo curto - à la garçonne -, uma pantalona estampada que lhe cai bem. "Gostei da calça", diz Jackman, quando se cruzam, na porta da suíte. E ela brilha. O cabelo curto é herança do corte brutal que sofre em cena, quando Fantine vende a cabeleireira para conseguir o dinheiro para sustentar a filha, Cosette.

Anne sempre foi magra, mas está abaixo do peso. "Não consigo recuperar", conta. "Perder foi mais fácil." Ela também emagreceu para servir à miséria da personagem, uma penúria que a consome e a leva a se prostituir, num beco sórdido. Anne só não arrancou os dentes - Fantine vende os dela - porque seria demais. Quando a reportagem cita a atriz japonesa de "A Balada de Narayama", de Shohei Imamura, que fez isso, ela diz que respeita, mas não faria. "Há limite", reflete.


Interpretar Fantine foi o maior desafio de sua carreira. Não tanto pela questão do físico, mas pela decisão do diretor de fazer com que os atores cantassem no set. Em geral, os atores gravam as canções antes e há até o caso de cantores que, simplesmente, dublam outras vozes, simulando cantar.

Tom Hooper exigiu que seus intérpretes - Hugh Jackman/Valjean, Russell Crowe/Javert e Anne/Fantine - soltassem a voz. E eles cantam - com fome, desespero, ódio. "Eu me assustei no início, mas depois percebi quanto ele estava certo. A história ficou muito mais verdadeira." E o Oscar? "Gostaria de ser indicada de novo, mas é bom não sonhar muito com isso. Estou tão feliz que não quero me decepcionar. Se vier (a indicação) será bem-vinda."

OS MISERÁVEIS

Título original: Les Misérables. Direção: Tom Hooper. Gênero: Drama (Reino Unido/ 2012). Estreia em 1º/2.

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