Adriano Gambarini revela mistérios das cavernas do Brasil
Gigantescos e absolutamente escuros, esses espaços subterrâneos desafiaram fotógrafo
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2012 às 15h26.
São Paulo - Desde a Pré-História, as cavernas serviam de abrigo para o homem primitivo. Também eram locais de rituais e de sepultamento. Hoje, sabemos disso graças às condições ideais que esses espaços subterrâneos apresentam para a preservação de vestígios deixados pelo homem. Encontrados em cavernas de todo o mundo, ossos, artefatos, arte rupestre, restos de comida e de fogueiras são testemunhos da evolução humana.
Cercadas de mistério, as cavernas sempre fascinaram o fotógrafo Adriano Gambarini*, colaborador assíduo da revista e do site (onde mantém um blog) da National Geographic Brasil. Tanto que, antes de começar a fotografar profissionalmente, em 1992, era geólogo especializado em espeleologia, a ciência que estuda cavernas naturais. "Foi nas cavernas que aprendi, como autodidata, a magia da luz e sombra e todos seus efeitos na fotografia", conta.
O resultado de sua obstinação em fotografar estes espaços resultou no livro Cavernas no Brasil - Beleza e Humanidade, lançado pela Editora Metalivros. Além de trazer à tona a base cênica das cavernas, a obra tem conteúdo informativo como mapas, informações científicas e desenhos. Esse olhar fotográfico é o diferencial que pode transformar o livro em referência bibliográfica para pesquisa como também boa leitura para curiosos.
Para traçar um panorama geral sobre cavernas, o fotógrafo dividiu o tema entre aspecto histórico, geológico e biológico, sem a pretensão de retratar todas as cavernas brasileiras. Segundo ele, o tema ainda é muito pouco explorado, e novas descobertas têm sido feitas nos últimos anos. Sendo assim, sua obra é atemporal e não se tornará defasada rapidamente.
Com 160 fotos de mais de 50 cavernas de vários estados brasileiros, Gambarini selecionou o material - entre mais de 4 mil imagens - de forma a mostrar um pouco de tudo o que temos no país. "Quis valorizar as cavernas de uma maneira geral, não apenas mostrar as mais belas ou privilegiar uma caverna a outra", revela.
Agora, imagine entrar em um lugar gigantesco - às vezes do tamanho de um estádio de futebol - e tentar iluminá-lo. Este foi o primeiro desafio com o qual Gambarini se deparou, ainda quando acompanhava pesquisa de cavernas em 1989, e continua sendo o principal desafio que enfrenta até hoje para fazer uma boa foto.
Existe sempre uma história por trás de cada imagem. Para iluminar salões nas cavernas, por exemplo, o fotógrafo contou com a ajuda de amigos e pesquisadores, a quem dedica uma página do livro só para agradecimentos. "Fotografia de caverna é um trabalho de equipe; não se faz sozinho", diz.
CAVERNAS NO BRASIL
Lançamento do livro de Adriano Gambarini
Data: 25/11, das 18h30 às 22h
Local: Espaço Araguari
Endereço: Rua Prof. Artur Ramos, 593, Jd. Europa - São Paulo/SP
São Paulo - Desde a Pré-História, as cavernas serviam de abrigo para o homem primitivo. Também eram locais de rituais e de sepultamento. Hoje, sabemos disso graças às condições ideais que esses espaços subterrâneos apresentam para a preservação de vestígios deixados pelo homem. Encontrados em cavernas de todo o mundo, ossos, artefatos, arte rupestre, restos de comida e de fogueiras são testemunhos da evolução humana.
Cercadas de mistério, as cavernas sempre fascinaram o fotógrafo Adriano Gambarini*, colaborador assíduo da revista e do site (onde mantém um blog) da National Geographic Brasil. Tanto que, antes de começar a fotografar profissionalmente, em 1992, era geólogo especializado em espeleologia, a ciência que estuda cavernas naturais. "Foi nas cavernas que aprendi, como autodidata, a magia da luz e sombra e todos seus efeitos na fotografia", conta.
O resultado de sua obstinação em fotografar estes espaços resultou no livro Cavernas no Brasil - Beleza e Humanidade, lançado pela Editora Metalivros. Além de trazer à tona a base cênica das cavernas, a obra tem conteúdo informativo como mapas, informações científicas e desenhos. Esse olhar fotográfico é o diferencial que pode transformar o livro em referência bibliográfica para pesquisa como também boa leitura para curiosos.
Para traçar um panorama geral sobre cavernas, o fotógrafo dividiu o tema entre aspecto histórico, geológico e biológico, sem a pretensão de retratar todas as cavernas brasileiras. Segundo ele, o tema ainda é muito pouco explorado, e novas descobertas têm sido feitas nos últimos anos. Sendo assim, sua obra é atemporal e não se tornará defasada rapidamente.
Com 160 fotos de mais de 50 cavernas de vários estados brasileiros, Gambarini selecionou o material - entre mais de 4 mil imagens - de forma a mostrar um pouco de tudo o que temos no país. "Quis valorizar as cavernas de uma maneira geral, não apenas mostrar as mais belas ou privilegiar uma caverna a outra", revela.
Agora, imagine entrar em um lugar gigantesco - às vezes do tamanho de um estádio de futebol - e tentar iluminá-lo. Este foi o primeiro desafio com o qual Gambarini se deparou, ainda quando acompanhava pesquisa de cavernas em 1989, e continua sendo o principal desafio que enfrenta até hoje para fazer uma boa foto.
Existe sempre uma história por trás de cada imagem. Para iluminar salões nas cavernas, por exemplo, o fotógrafo contou com a ajuda de amigos e pesquisadores, a quem dedica uma página do livro só para agradecimentos. "Fotografia de caverna é um trabalho de equipe; não se faz sozinho", diz.
CAVERNAS NO BRASIL
Lançamento do livro de Adriano Gambarini
Data: 25/11, das 18h30 às 22h
Local: Espaço Araguari
Endereço: Rua Prof. Artur Ramos, 593, Jd. Europa - São Paulo/SP