São Paulo - Se você ainda achava que esta edição da Olimpíada não é das mulheres , pense novamente. Das sete medalhas que o Brasil ganhou até agora, três foram conquistadas por elas - sendo que a única de ouro é da judoca Rafaela Silva.
Para os fãs de vôlei , ver tanto as duplas na areia quanto o time todo batalhando nas quadras, é para os fortes. Todo esforço, dedicação e sofrimento vale a pena: a cada set vencido, o pódio parece ficar cada vez mais próximo.
Ontem (14) a seleção feminina mostrou a sintonia em quadra em jogo difícil, contra as experientes jogadoras russas. Nos três sets, os pontos foram fechados com margens pequenas - 25x23, 25x21 e 25x21 -, mas não é à toa que elas são "o show das poderosas".
E elas seguem para as quartas de final na próxima terça-feira (16) contra a equipe da China. Sem nenhum set perdido, com cinco vitórias de cinco partidas jogadas!
E se nas quadras a previsão já é boa, na areia o futuro é ainda melhor: as duas duplas, Larissa Maestrini e Talita Rocha e Ágatha Bednarczuk e Bárbara Freitas estão nas semifinais. Contra Alemanha e Estados Unidos, as jogadoras têm chance de chegar à final em um momento incrível: Brasil x Brasil.
Nossos corações ficariam absolutamente divididos nessa vitória, mas seriam duas medalhas - de ouro e prata - para o país. Todos os jogos acontecem amanhã (16) às 16h, 22:15h e às 23:50h. Pode preparar a torcida que o dia vai ser tenso!
- 1. Olimpíada das mulheres
1 /10(Getty Images)
São Paulo - A primeira edição das Olimpíadas modernas aconteceu em 1896 e contou com um total de zero atletas mulheres. Quatro anos depois, em 1900, elas eram 22. Já em 1904, pasmem, o número diminuiu e apenas seis guerreiras estiveram presentes. De lá para cá muita coisa mudou e no Rio de Janeiro elas chegaram em número recorde: são 5.185 garotas competindo! E elas não estão aí só para fazer número, não. Rafaela Silva que o diga! A judoca carioca garantiu, nessa segunda-feira (8), o primeiro ouro do Brasil nas
Olimpíadas de 2016 . Orgulho total da garota que enfrentou a pobreza e o racismo para chegar onde chegou. E junto com ela, outras atletas também estão provando que "jogar como uma garota" é sinônimo de vitória! Confira aqui um time maravilhoso de mulheres que estão quebrando tudo.
2. Rafaela Silva - Brasil (judô) 2 /10(Kai Pfaffenbach/Reuters)
Lógico que o número 1 é dela, né? Nessa segunda-feira (8), Rafaela conquistou o primeiro ouro do país no Rio. E essa vitória é uma overdose de Brasil! A menina da Cidade de Deus (a famosa favela do Rio) começou a praticar judô aos nove anos, influenciada pelo pai, que queria ver ela longe das ruas. Hoje, aos 24, ela tem um ouro olímpico e outro conquistado no Mundial, em 2013.
3. Seleção Feminina de Futebol - Brasil 3 /10(Getty Images)
As meninas estão lavando a alma da torcida brasileira, que anda bem desacreditada frente aos fiascos que a seleção masculina coleciona há anos. No último sábado (5), elas venceram a Suécia por 5x0, despontando rumo à liderança do grupo (as suecas são as rivais mais forte da chave). Na estreia, as meninas também fizeram bonito, vencendo a China por 3x0 e, nesta terça (9), elas enfrentam a África do Sul também com grandes chances de vitória.
4. Mayra Aguiar - Brasil (judô) 4 /10(Getty Images)
Em 2014, Mayra se tornou a maior medalhista do judô brasileiro em campeonatos mundiais, contando homens e mulheres. Detalhe: ela tinha apenas 23 anos na época! Mas, antes disso, a garota já tinha quebrado outro recorde. Em 2010, ela tornou-se a maior medalhista do planeta no Campeonato Mundial Sub 20. Alguma dúvida de que a moça é destruidora mesmo? Em 2012, ela trouxe o bronze de Londres e tudo indica que a gente vai ver ela no pódio mais uma vez esse ano.
5. Priscilla Stevaux Carnaval - Brasil (ciclismo BMX) 5 /10(Divulgação)
Aos 22 anos, Priscila é o nome brasileiro mais bem posicionado no ranking do BMX mundial (em 18º lugar). E para quem gosta de falar "bota ela na competição masculina para ver o que acontece" aí vai uma informação: a garota realmente compete contra homens nos campeonatos nacionais. Dá para imaginar o volume das male tears, né?
6. Yusra Mardini - Síria (natação) 6 /10(Robertson/Getty Images)
Aos 18 anos, a garota síria é a atleta mais jovem da delegação dos refugiados. E em 2015, ela ajudou a salvar um grupo de refugiados que cruzavam o Mar Mediterrâneo! Rumo à Grécia, o barco em que ela estava começou a afundar e, junto com a irmã Sarah, Yusra foi uma heroína! As duas nadaram durante três horas e meia para salvar a embarcação. Em sua estréia como atleta olímpica, a garota ficou longe de se classificar nos 100 m borboleta, mas ela é, sem dúvida, uma vencedora!
7. Margret Rumat Rumar Hassan - Sudão do Sul (atletismo) 7 /10(Reprodução)
Ela é a primeira atleta da história a representar oficialmente o Sudão do Sul nas Olimpíadas (Margret compete pelo país, mas também há conterrâneos dela na delegação dos refugiados). Ela tem 19 anos e irá correr os 400 metros rasos no Rio de Janeiro. Além de fazer história no esporte, ela também virou garota propaganda da Samsung, em um comercial absolutamente emocionante.
8. Majlinda Kelmendi - Kosovo (judô) 8 /10(Getty Images)
A moça conquistou a primeira medalha olímpica da história Kosovo e já foi um ouro de cara! Só que a história de superação dela não se limita ao reconhecimento no esporte, pois Majlinda nasceu e cresceu em meio à guerra. A situação no Kosovo é tão complexa que o Comitê Olímpico Internacional (COI) só reconheceu sua filiação em 2014 e essa é a primeira vez que o país participa da competição. "Sou uma sobrevivente de guerra, assim como meu povo. Várias crianças do Kosovo perderam seus pais. Muitas crianças não têm livros para ir para uma escola. E eu virei campeã olímpica vindo desse país. Mesmo sem dinheiro, mesmo sem estrutura você pode acreditar em si mesmo e trabalhar muito duro para atingir seus sonhos", disse ela em entrevista ao Globo Esporte.
9. Julie Brougham - Nova Zelândia (hipismo) 9 /10(Getty Images)
Ela é a atleta mais velha dessas Olimpíadas, aos 62 anos, e compete na categoria de adestramento individual. Julie pratica hispismo há mais de 50 anos e essa é a primeira vez que ela participa de uma Olimpíada. Mesmo se a neozelandesa não levar nenhuma medalha para casa, ela certamente já é campeã em perseverança!
10. Falando no assunto... 10 /10(Marko Djurica/Reuters)