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A Coca-Cola lançou uma bebida que briga com a cerveja. Mas a joví saiu na frente

Tida como a primeira hard seltzer brasileira, a joví foi lançada em 2017, três anos antes da chegada da Topo Chico, a versão da Coca-Cola; ambas também rivalizam com o gim-tônica

Os quatro produtos da joví. (Divulgação/Divulgação)

Os quatro produtos da joví. (Divulgação/Divulgação)

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Daniel Salles

Publicado em 9 de março de 2021 às 12h20.

Com muito barulho, a Coca-Cola começou a despejar a sua hard seltzer, a Topo Chico, nos mercados de São Paulo e do Rio de Janeiro (e também em cidades mexicanas) em outubro do ano passado. Não é raro, hoje em dia, topar com pilhas do produto em lojas de redes como o Pão de Açúcar – embora muita gente não tenha a menor ideia do que se trata.

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Classificadas, no Brasil, como bebidas alcoólicas mistas gaseificadas, as hard seltzers querem cair nas graças de quem não está a fim nem de cerveja, nem de Coca-Cola e demais refrigerantes. Tidas como instagramáveis, compram briga também com o gim-tônica, hoje já encontrado em latinhas e mais uma ameaça ao reinado das cervejas, e com outros drinques refrescantes.

Vendidas principalmente em latinhas ou garrafinhas, as hard seltzers têm menos calorias e carboidratos que as cervejas e teor alcóolico semelhante (entre 4% e 5%). À base de suco, são turbinadas com álcool oriundo ou de açúcar de cana ou de malte de cerveja.

Coca-Cola lançou a Topo Chico Hard Seltzer no Brasil (João Gorri/Divulgação)

As primeiras marcas surgiram nos Estados Unidos há uns sete anos e até gigantes como a Bud Light lançaram suas versões da bebida. Elas compõem um mercado que, estima-se, movimentou 3 bilhões de dólares nos últimos três anos. Na visão de Dave Burwick, presidente da Boston Beer, fabricante da Samuel Adams e uma das maiores cervejarias artesanais dos Estados Unidos, trata-se da maior revolução do mercado desde o lançamento das cervejas Light, nos anos 70.

Engana-se, no entanto, quem acha que a Coca-Cola foi a primeira empresa a apostar na tendência por aqui. Tida com a primeira hard seltzer nacional, a joví foi lançada em 2017. A marca dispõe de quatro sabores – morango, tangerina, limão e abacaxi –, tem teor alcoólico de 4,5% e 42 calorias para cada 100 mililitros. Cada latinha, de 310 mililitros, custa 7,98 reais.

Linha de Hard Seltzer Verano, da cervejaria Blondine (Divulgação/Divulgação)

A origem da Topo Chico é a água com gás de mesmo nome, no mercado há 126 anos e venerada por bartenders, que a utilizam no preparo de coquetéis. As versões alcoólicas da Topo Chico são três, nos sabores morango-goiaba, lima-limão e abacaxi. Sem glúten, somam 90 calorias por lata e têm 4,7% de teor alcóolico. O preço sugerido de cada latinha, também de 310 mililitros, é de 4,99 reais.

No começo do ano foi a vez da cervejaria artesanal Blondine, sediada em Itupeva, no interior de São Paulo, apresentar a dela. Trata-se da Verano, que não leva açúcar e corantes artificiais e tem 4% de teor alcoólico. À base de ingredientes naturais, não carrega nada de glúten e tem 90 calorias por latinha (com 310 mililitros, cada uma tem preço sugerido de 9,95 reais). Nasceu com quatro variedades. Uma junta tangerina e gengibre. Outra combina limão, maçã verde e kiwi. A terceira leva maracujá, pêssego e manga. E a última mescla amora, morango e mirtilo (cada uma custa 9,45 reais).

Linha da Three Monkeys (Divulgação/Divulgação)

Outra cervejaria que tem uma hard seltzer para chamar de sua é a carioca Three Monkeys. A dela, apresentada em fevereiro do ano passado, é a Hintz, com quatro variedades. Uma delas mistura grapefruit, tangerina e limão, tem 5% de teor alcoólico e custa 15,99 reais (310 mililitros).

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