A atleta Key Alves, agora no BBB, é sucesso nas redes sociais
A jogadora de vôlei do Osasco tem mais de 7 milhões de seguidores no Instagram e fatura R$ 200 mil por mês como influenciadora
Ivan Padilla
Publicado em 18 de janeiro de 2023 às 12h43.
Última atualização em 18 de janeiro de 2023 às 12h50.
Considerada a jogadora de vôlei mais seguida do mundo, Key Alves entrou na casa mais vigiada do país nesta semana, o Big Brother Brasil, exibido pela TV Globo, com a chance de impulsionar ainda mais seus negócios fora das quatro linhas.
No Instagram, ela atingiu a marca de 7,3 milhões de seguidores, enquanto no Onlyfans, entre julho e dezembro de 2022, teve o maior número de inscritos na plataforma durante este período - a empresa não abre os dados.
Key Alves é de Bauru, interior de São Paulo, e surgiu no vôlei como uma grande promessa. Em 2018, por exemplo, ela chegou à seleção brasileira de base e conquistou o Sul-Americano sub-18, sendo eleita a melhor líbero da disputa. Passou por AFAV/Fundesport, São Bernardo, Sesi Vôlei Bauru e Pinheiros, e hoje defende o Osasco.
No ano passado, quando atingiu a marca de 6 milhões de seguidores no Instagram, Key postou: "Desde pequena falava para os meus pais que eu seria conhecida mundialmente e não foi nada fácil. Na verdade a intenção disso tudo é que as pessoas do mundo inteiro conheçam quem sou eu e não o que falam de mim.”
Key disse ainda que conquistou o mundo saindo de casa com 14 anos. “Com a simplicidade e humildade que meus pais me ensinaram, a tal da essência, e isso NUNCA vai mudar!!! Isso é só o começo obrigada meu Deus obrigada mundo."
Milionária com o OnlyFans
Apesar de ter o esporte como prioridade, Key Alves viu a plataforma como uma nova forma de renda e fatura uma média de 150.000 a 200.000 reais por mês - ela calcula faturar 50 vezes mais com o OnlyFans do que com o vôlei.
"Recentemente, a Ministra do Esporte fez uma declaração polêmica que, no fundo, tratava dessa fronteira entre esportes e entretenimento. Isso, na verdade, não existe mais. E cada vez mais vamos ver fenômenos como a Key Alves, que por meio do esporte e do entendimento de como usar as redes sociais e ferramentas digitais, combinam essas personalidades e geram receitas que, somente com o salário de atleta, seriam impossíveis", argumenta Armênio Neto, especialista em novos negócios da indústria do esporte.
"O digital tem uma força grande de conexão e poder de monetização, isso todos tem acompanhado, mas acredito que cada vez mais vai profissionalizar de uma forma que os dados gerados por cada influenciador será levado muito em cont”, avalia Renê Salviano, CEO da Heatmap, empresa especializada em marketing esportivo.
Segundo Salviano, quem souber vender e expor melhor terá uma posição diferente perante as marcas. “Estamos criando um braço que é a TokenEasy, justamente para auxiliar os influenciadores a trazer novas receitas através de NFTs e projetos especiais", afirma.
Patrocinada pela marca Apostaganha.bet nesta Copa do Mundo, empresa de apostas esportivas, Key Alves viu bombar o número de seguidores com seu último ensaio sensual, com novo visual e cabelos morenos.
"A visibilidade e força que o esporte muitas vezes proporciona ao atleta possibilita monetização por outros meios que não necessariamente o esporte. Como é o caso, por exemplo, do velocista Paulo André, que participou do Big Brother e assinou vários contratos publicitários em função do sucesso que ele teve no programa", acrescenta Fábio Wolff, sócio-direito da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo.